São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

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Operação de hidrelétrica é antecipada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A usina hidrelétrica de Estreito, que deveria começar a funcionar em 2012, produzirá energia a partir de 2010. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a decisão foi tomada a pedido dos empreendedores Tractebel, Vale do Rio Doce, Alcoa e Camargo Corrêa.
No PAC, havia a previsão de que a usina entraria em operação em 2010, mas a antecipação só foi aprovada ontem pela Aneel, que já havia negado pedido semelhante.
Estreito fica no rio Tocantins (TO) e tem capacidade de gerar até 1.087 MW (megawatts). A implantação da usina será em etapas: a partir de 2010, a hidrelétrica poderá gerar 815 MW. A capacidade subirá até 2018.
De acordo com cálculos da agência reguladora do setor elétrico, a antecipação da geração da usina poderá propiciar uma economia de aproximadamente R$ 190 milhões. O custo corresponde à energia de fontes mais caras (termelétricas) que seria comprada em vez da equivalente hidrelétrica.

Críticas ao PAC
Segundo o Instituto Acende Brasil, que representa os principais investidores privados em energia, o PAC deu apenas estímulos isolados, mas não resolveu problemas estruturais para atrair investimento. Os estímulos são as medidas adotadas para diminuir o custo dos financiamentos do BNDES e as isenções de PIS/Cofins para novas obras no setor.
Já os problemas estruturais -carga tributária elevada e competição desigual com estatais- não teriam sido tratados.
Claudio Sales, presidente do instituto, mostrou-se preocupado com a possibilidade de faltar energia a partir do fim de 2008. Segundo o representante dos investidores, o risco no curto prazo (2008/ 09) é faltar gás natural para as termelétricas.


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