São Paulo, domingo, 14 de março de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Ministro não vê impedimento em ser conselheiro

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro Jaques Wagner declarou, por intermédio da sua assessoria de imprensa, que, quando convidado para assumir a representação do BNDES na Vale do Rio Doce, procurou se informar se havia algum impedimento e constatou que não havia.
A assessoria informou que, além de não ver conflito de interesse entre o cargo de ministro e o de conselheiro, Wagner tem conhecimento sobre a Vale, já tendo visitado várias instalações da empresa. E que o ministro não aceitou o cargo por causa do salário, mas por achar a experiência importante.
O secretário nacional de Tecnologia, Francelino Lamy Miranda Grando, disse que foi indicado conselheiro da Copel em razão de sua posição no Ministério de Ciência e Tecnologia.
"A participação do BNDES no conselho se dá porque há dinheiro público no capital da empresa. Ele tem direito de assentar-se ao conselho de administração para que o investimento público que foi feito tenha segmento. Não vejo conflito de interesse na minha indicação, já que o BNDES é um órgão do governo", afirmou.
Grando é professor licenciado da Universidade de São Carlos e diz que sua remuneração na Copel é similar à de professores das universidades públicas.
José Gelázio da Rocha, conselheiro da CBEE, disse que foi convidado para o cargo pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. Rocha foi diretor da Eletrobrás, vice-presidente da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) e ex-superintendente da usina Itaipu Binacional.
O ex-deputado federal Marcelo Barbieri (PMDB-SP), que ocupou o cargo de assessor parlamentar da Casa Civil até novembro, confirmou que foi indicado para a Inepar quando estava na Casa Civil. Ele diz que foi escolhido por ser de Araraquara (a 277 km de São Paulo), onde a Inepar tem hoje sua principal base.
"Eles queriam indicar alguém que tivesse um relacionamento regional e que pudesse apresentar a empresa", afirmou. Disse que não informaria o salário por ser um assunto privado e que deixará o conselho para cuidar de assuntos particulares.
A Folha procurou os demais conselheiros. Procurada desde quinta-feira, a Casa Civil não se manifestou. Foram deixados recados na quinta e na sexta-feira na Secretaria Nacional de Organização do PT, em São Paulo, mas Sílvio Pereira não respondeu. A assessoria de imprensa do Banco do Brasil disse que a funcionária Patrícia Vivone, representante do BNDES na Caulim da Amazônia (grupo Caemi), não daria declaração.



Texto Anterior: Bom conselho: BNDES politiza indicações em empresas
Próximo Texto: Panorâmica - Multimídia: Vivendi negocia união com a France Telecom
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.