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Fatia da Gol no mercado doméstico sobe para 40%
Aérea pode bater TAM neste ano, dizem analistas
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Gol, que em janeiro deste
ano havia aumentado sua fatia
nos vôos domésticos para
38,4%, voltou a crescer e chegou a 40% do mercado no mês
passado. Apenas sete pontos
percentuais separam agora a
aérea da líder de mercado, a
TAM, que em fevereiro manteve sua participação de 47% nos
vôos dentro do Brasil.
Em 2006, no mesmo mês,
Gol e TAM tinham, respectivamente, 28,7% e 44,4% dos vôos
domésticos. Com o rápido crescimento da Gol, analistas especializados avaliam que, se esse
ritmo for mantido, a empresa
poderá ultrapassar a TAM em
participação de mercado no segundo semestre deste ano.
"A Gol continua realizando
acertos estratégicos", avalia
Paulo Bittencourt Sampaio,
consultor especializado em
aviação. "Ela ganhou mercado
das pequenas companhias. A
pergunta é: por que a TAM não
ganhou também?", indaga Mel
Marques Fernandes, analista
do setor da Brascan Corretora.
A BRA e a OceanAir, que tinham em janeiro, respectivamente, 4,1% e 2,6% dos vôos no
país, caíram para 2,9% e 2%.
A Gol atribui seu crescimento ao forte aumento de oferta
no mês passado: 50% a mais em
relação ao mesmo período do
ano passado (a média de alta do
mercado foi de 13,7%).
"Vamos aumentar a frota para 80 aviões neste ano [hoje são
66]. Acreditamos que o mercado vai continuar aquecido: a
avaliação é que está se consolidando", disse o vice-presidente
de marketing e serviços da
companhia, Tarcisio Gargioni.
Para analistas, a imagem da
TAM vem sofrendo desgaste,
nos últimos meses, por conta
da crise no Natal passado. Isso
teria permitido uma aproximação maior da vice-líder. Outros
argumentam que a Gol elevou
sua oferta de forma concentrada: apenas no último trimestre
do ano passado, incorporou 11
novos aviões à frota.
Procurada pela reportagem,
a TAM afirmou que não faz especulações sobre sua participação de mercado em relação a
outras companhias aéreas.
O cenário é de disputa tarifária. "Será o ano do passageiro.
As taxas de ocupação [de assentos] caíram, e a oferta está bem
maior do que a demanda. Vai
começar o movimento de queda de tarifas para atrair passageiros", analisa Sampaio.
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