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Sindicatos e Embraer não chegam a acordo
TRT fez duas propostas, aceitas pelos sindicalistas, mas não pela empresa
Diante do impasse, ficou para a próxima quarta-feira, dia 18, a decisão do tribunal de Campinas sobre os 4.200 cortes feitos pela Embraer
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
A segunda audiência de conciliação entre Embraer e sindicatos terminou ontem novamente sem acordo, e o TRT da
15ª Região, em Campinas (SP),
julgará na próxima quarta-feira
os 4.200 cortes feitos pela empresa no dia 19 de fevereiro. A
liminar que suspendeu as rescisões contratuais foi mantida
pelo tribunal até o julgamento.
O presidente do TRT, desembargador Luís Carlos Cândido
Martins Sotero da Silva, iniciou
a audiência apresentando duas
propostas, mas a Embraer não
as aceitou completamente e,
por sua vez, ofereceu uma contraproposta -considerada "ridícula" pelos sindicatos.
Na primeira proposta, o desembargador sugeriu que a
Embraer suspenda os contratos de trabalho dos demitidos
para a qualificação profissional
deles em um prazo de 12 meses.
Eles seriam matriculados em
cursos e receberiam uma bolsa
a ser custeada nos primeiros
cinco meses pelo FAT e, no período restante, pela Embraer.
A segunda proposta era a rescisão do contrato de trabalho
dos demitidos mediante o pagamento adicional de um salário para cada ano trabalhado
pelo dispensado (com limite de
15), além das indenizações já
previstas em lei.
Foi sugerido ainda pelo TRT
a garantia da contratação preferencial do demitido no prazo
de dois anos na hipótese da reativação dos mesmos postos de
trabalho, a manutenção do plano médico familiar pelo período de 12 meses e a garantia de
estabilidade de emprego, para
aqueles não dispensados, por
um período de 120 dias.
Representantes da Embraer
propuseram a manutenção por
12 meses de plano médico gratuito a todos os demitidos e
seus dependentes, uma compensação de dois salários de R$
3.500 para cada um e a preferência na seleção dos demitidos
no caso de reativação da atividade econômica em dois anos.
Os sindicatos, consideraram
"positivas" as propostas feitas
pelo TRT, mas não concordaram com as da Embraer.
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