São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

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Foco

Por falta de uso, porto de Santos poderá perder R$ 700 mil em equipamento

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Equipamentos de controle de acesso ao porto de Santos avaliados em quase R$ 700 mil e implantados há cerca de um ano e meio para cumprimento das normas fixadas pelo ISPS Code -padrão internacional de segurança para navios e portos-, estão se deteriorando por falta de uso.
São catracas e aparelhos de leitura biométrica (identificação pela palma da mão) expostos ao tempo ou que nunca sofreram manutenção após danos decorrentes de manobras com veículos.
O valor desses instrumentos -R$ 696 mil- corresponde a 24% do total gasto em equipamentos de controle de acesso (R$ 2,9 milhões) e a 2,6% do total investido até agora para a adequação do complexo portuário às normas do ISPS Code (R$ 26,6 milhões).
O ISPS Code é a sigla em inglês para Código Internacional de Segurança de Navios e Instalações Portuárias e foi estabelecido após os ataques de 2001 nos EUA. Desde o estabelecimento do código, o porto de Santos já perdeu prazos para a conclusão das adaptações ao menos quatro vezes e ainda não obteve documento que assegura o cumprimento das normas. A falta dessa certificação poderá trazer prejuízos para o complexo santista, com perda de operações no comércio internacional.
Dos 28 portões construídos para controlar o acesso de pessoas e veículos, apenas 12 estão em pleno funcionamento. Os outros possuem "algumas pendências de itens de manutenção", segundo a Codesp (estatal federal que administra o porto).
O presidente do Sindaport (Sindicato dos Empregados na Administração Portuária), Everandy Santos, afirmou que os equipamentos foram adquiridos sem levar em consideração as intempéries do porto. "Eles foram colocados expostos ao tempo, pegando chuva, sol, poeira e produtos químicos. Foi dinheiro jogado fora."
Para realizar a manutenção de equipamentos que ainda operam, a Codesp firmou acordo com a Apupesp (Associação Profissional dos Usuários dos Portos do Estado de São Paulo). A entidade analisará a situação dos portões e estabelecerá um cronograma de trabalho.


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