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Famílias com renda entre 5 e 10 salários mínimos não precisarão pagar seguro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo não vai mais cobrar, ao menos por ora, o seguro
de vida e de danos ao imóvel das
famílias com renda entre cinco
e dez salários mínimos (rendimentos de R$ 2.325 a R$ 4.650)
que forem beneficiadas pelo
programa que promete construir 1 milhão de casas. Com isso, a prestação pode ficar até
6,64% mais barata, dependendo da idade do mutuário.
"Não vamos cobrar seguro
agora. Era muito complicado
operacionalmente. Acho que
no futuro também não [haverá
cobrança]", disse o vice-presidente de Governo da Caixa,
Jorge Hereda.
A legislação do país impede o
pagamento de seguros a empresas que não sejam seguradoras.
No pacote do governo, a taxa
paga pelos mutuários teria a
função de um seguro, mas seria
recolhida a um fundo garantidor, montado para cobrir perdas devidas à inadimplência.
Por isso, a área jurídica recomendou que sejam feitas mudanças na MP que criou o programa para clarear a regra. A
proposta é incluir a alteração
durante a tramitação do projeto no Congresso.
Pela proposta original, o seguro seria gratuito para famílias com renda de até cinco salários mínimos. Aquelas com
renda acima desse valor teriam
desconto em relação ao que é
cobrado atualmente.
Um mutuário com 51 anos,
por exemplo, pagaria 18,28% da
prestação para cobrir o seguro.
Pela regra anterior, o percentual cairia para 6,64%.
A proposta de uma parte do
governo é fazer a cobrança do
seguro assim que a alteração na
medida provisória for aprovada
pelo Congresso. A perda de receita, caso o benefício fosse estendido a todas as famílias, seria superior a R$ 1 bilhão.
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