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Só 1 de 10 bancos diz custo total de empréstimo
VERENA FORNETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois de um ano da resolução do Banco Central que obriga as instituições financeiras a
informarem aos clientes o custo total dos empréstimos, apenas um dos dez maiores bancos
do país cumpre a exigência espontaneamente, de acordo
com o Idec (Instituto Brasileiro
de Defesa do Consumidor).
O CET (Custo Efetivo Total)
abrange taxas como juros, tarifas e encargos. Para pesquisar o
cumprimento da norma, o Idec
contratou empréstimos pessoais de R$ 300 na Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Banrisul, Itaú,
Unibanco, Real, Nossa Caixa e
Santander. O instituto tentou
emprestar do HSBC, mas o
banco negou o empréstimo solicitado em razão das características do cliente e outras linhas foram oferecidas. O Idec
recusou as opções sugeridas.
Só o Itaú informou o custo
total do crédito espontaneamente. No Bradesco, Banco do
Brasil, Santander, Unibanco e
Nossa Caixa, a informação foi
fornecida após questionamento do cliente. CEF, Banrisul e
Real, segundo o Idec, disseram
aos correntistas que o custo total seria informado no contrato. O Idec julga o procedimento
inadequado, pois, nesta fase, o
cliente já optou pelo banco e
não consegue mais compará-lo
com o serviço oferecido por outras instituições bancárias.
A economista Ione Amorim,
coordenadora da pesquisa do
Idec, afirma que não há transparência na contratação dos
empréstimos. Ela diz que os
bancos enfatizam o valor das
parcelas do crédito, mas não as
taxas e os encargos. O Idec destaca que há resistência em oferecer linhas com taxas de juros
menores. No teste, alguns sugeriram alternativas com taxas de
juros superiores, como cheque
especial e cartão de crédito.
Amorim cita outros problemas, como venda casada (oferecer um produto e obrigar a
contratar outro), prática proibida no país, e autorização para
alteração unilateral do contrato firmado com o cliente.
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