DA REPORTAGEM LOCAL

A nova proposta que o diretor de reestruturação da AES Corp., Joseph Brandt, apresentará hoje pela manhã ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para equacionar a dívida de US$ 1,2 bilhão da AES Elpa, controladora da Eletropaulo, poderá incluir pagamento em dinheiro, além de ações de empresas que o grupo americano possui no país, segundo a Folha apurou.
O BNDES, porém, só irá estudar uma proposta da AES se houver pagamento em dinheiro das parcelas atrasadas da empresa.
O grupo americano deixou de pagar parte da dívida já vencida -US$ 600 milhões- feita pela AES Elpa com o banco para comprar a Eletropaulo.
Analistas ouvidos pela Folha dizem que a valorização do real diante do dólar e a melhora da situação financeira da AES Corp., que teve lucro de US$ 93 milhões no primeiro trimestre, deverão favorecer o fechamento de um acordo com o BNDES.
Com a queda do dólar, a dívida da Eletropaulo com o banco diminui em reais. Dessa forma, fica mais factível o pagamento de parte da dívida com ações das empresas que tem no país, cotadas em reais. Os americanos querem evitar que o BNDES leiloe as ações da Eletropaulo dadas em garantia aos débitos.
Ontem, a AES Elpa comunicou oficialmente ao mercado que recebeu a notificação extrajudicial em que o BNDES informa que vai leiloar as ações que formam o bloco de controle da Eletropaulo.


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