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GRAVADORAS
Tribunal da União Européia anula fusão entre Sony e BMG
DA REDAÇÃO
Um tribunal da União Européia anulou a decisão que
permitia a fusão entre as gravadoras BMG e Sony. Para o
Tribunal de Primeira Instância, em Luxemburgo, a Comissão Européia (o "braço"
executivo do bloco) "cometeu um erro claro de avaliação" ao autorizar o acordo
em 2004. Segundo a Corte,
não houve análise suficiente
para determinar se a fusão
poderia criar um monopólio
no setor fonográfico.
Com a decisão de ontem, a
comissão deverá analisar novamente a transação que formou a segunda maior empresa do setor e determinar
se irá aprová-la novamente,
se irá impor condições mais
duras ou dará fim ao acordo.
Um porta-voz disse que o organismo estudará o caso
"com muito cuidado" e reexaminará o negócio segundo
as condições atuais de mercado. Ele afirmou que um
novo parecer poderá demorar até quatro meses para ser
apresentado.
A Sony e a empresa detentora da BMG, a alemã Bertelsmann, disseram que estudarão o processo e discutirão os próximos passos com
a Comissão Européia. As
duas empresas afirmaram
que não acreditam que a decisão do tribunal afetará a
parceria. "O julgamento não
afeta a validade da joint venture Sony BMG", declarou a
Bertelsmann.
A anulação da fusão afetou
alguma das principais concorrentes da Sony BMG.
Tanto a EMI, a terceira
maior gravadora do mundo,
como a Warner (a quarta
maior) viram despencar os
preços de suas ações. A primeira teve uma queda de
9,2% no valor de seus papéis,
e a segunda, de 15,7%.
A desvalorização foi provocada pelo temor do mercado de que a fusão estudada
pelas duas empresas também não será aceita pela UE.
Caso confirmado, o acordo
formará uma companhia fonográfica com cerca de 25%
das vendas do setor, superada apenas pela Universal.
O recurso contra a fusão
foi apresentado por um grupo de 2.500 gravadoras independentes que alegaram que
a união entre Sony e BMG reprimiria o surgimento de novos artistas e reduziria a concorrência no mercado.
Com agências internacionais
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