São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2008

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Wal-Mart vai investir R$ 1,8 bi no Brasil

Recursos vão para expansão da rede; 9.000 empregos devem ser criados

Aporte é o maior desde que a empresa se instalou no país, há 14 anos; expectativa é que até 90 lojas sejam abertas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Executivos do Wal-Mart anunciaram ontem, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, investimentos de até R$ 1,8 bilhão no Brasil ao longo de 2009, para a expansão da rede.
Será, segundo a empresa, o maior aporte de capital desde que o Wal-Mart iniciou suas operações no país, há 14 anos. A previsão é que 9.000 empregos sejam criados com a abertura de 80 a 90 novas lojas.
Hoje, a rede tem 318 lojas no Brasil, distribuídas em 17 Estados e no Distrito Federal. O Wal-Mart emprega 70 mil pessoas, distribuídas nas unidades com sede nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, segundo a empresa.
"O presidente ficou bastante satisfeito com o compromisso do Wal-Mart no país, com os investimentos e ações de responsabilidade social", disse o presidente do grupo no Brasil, Héctor Núñez. Ele chamou o Brasil de "país altamente estratégico" para o grupo e disse que o volume de investimentos tende a crescer. "O Brasil é um país com alto crescimento, com estabilidade econômica, política e social e com quase 200 milhões de habitantes, capacidade crescente do consumo e aumento da classe média."
No formato varejo, a empresa atua no Brasil em hipermercados com as bandeiras Big, Wal-Mart e Hiper Bompreço. No formato nacional, as lojas são da marca Nacional, Mercadorama, Bompreço e Todo Dia. No formato atacado, ainda tem as bandeiras Maxxi e o clube de compras Sam's Club.
Segundo informações da assessoria, a Wal-Mart investiu mais de R$ 3 bilhões no Brasil nos últimos quatro anos. Em 2008, será investido, no total, R$ 1,2 bilhão para a abertura de 36 novas lojas, o que representa, segundo a empresa, 7.100 novos postos de trabalho, além de 27 mil empregos indiretos.

Inflação
Núñez ressaltou ainda que, na conversa com Lula, foi feita a avaliação de que o "pior já passou" em relação à inflação.
"A inflação chegou a seu momento mais alto em maio, e já vemos desaceleração em junho e agosto. Acho que o pior já passou. Nós [o grupo] conseguimos manter os preços acessíveis aos clientes. O compromisso do Wal-Mart com preços baixos está em todas as lojas."


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