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Bolsa de NY sobe 11%, maior alta desde 33
FERNANDO RODRIGUES
ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK
Uma das características da
crise financeira global é que os
mercados de ações do mundo
desenvolvido estão cada vez
mais parecidos com os dos países pobres e emergentes. Pelo
menos, em termos de volatilidade, com grandes lucros e perdas em dias alternados. Ontem,
a Bolsa de Valores de Nova
York bateu seu recorde positivo de alta em pontos num único
dia depois de ter registrado a
pior semana de todos os seus
112 anos história na sexta-feira.
O índice Dow Jones subiu
históricos 936,42 pontos na seção, fechando com 9.387,61
pontos, uma alta de 11,1%, a
quarta maior em porcentagem.
O recorde anterior em pontos
havia sido a elevação de 499,19
pontos, na época do estouro da
bolha das empresas de internet, no início desta década. A
alta percentual de ontem é, em
um único dia, a maior desde 15
de março de 1933.
Ontem, quando soou o sino
no final do pregão, os operadores deram uma salva de palmas.
O ganho de valorização dos papéis foi de US$ 1,2 trilhão, segundo o índice Dow Jones
Wilshire 5.000, que representa
quase a totalidade dos papéis
negociados em bolsa nos EUA.
O índice S&P 500 teve também alta expressiva de 104,13
pontos, indo a 1.003,35 pontos
(11,6%) -a maior alta em pontos da história e a segunda
maior em termos percentuais
desde 1933. O Nasdaq, que mede as empresas de tecnologia,
subiu 195 pontos (11,8%).
Apesar dos ganhos, o índice
Dow Jones continua acumulando uma queda de 29% neste
ano e 34% em relação ao seu pico histórico em 9 de outubro do
ano passado.
Outro indicador importante
é o volume de ações negociadas.
Ontem, foi de 1,82 bilhão, menor do que na semana anterior.
Uma demonstração de que não
há ainda segurança sobre a recuperação do mercado.
Entre os fatores apontados
para a valorização estão as iniciativas de vários governos europeus de fazer ações coordenadas para salvar bancos em dificuldades. O mercado também
é muito sensível aos seus pares
e reagiu com euforia quando se
tornou público que o Morgan
Stanley havia conseguido os
US$ 9 bilhões do japonês Mitsubishi. As ações do Morgan
Stanley subiram 87% ontem.
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