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Governos da Ásia tentam acalmar mercado
RAUL JUSTE LORES
DE PEQUIM
Em um dia de altas nas principais Bolsas da Ásia, vários governos do continente anunciaram medidas para tranqüilizar
investidores e para evitar contágio da crise global. Embalados pelo bom desempenho do
dia anterior, os principais pregões desta terça-feira abriram
novamente em alta. O índice
Nikkei, de Tóquio, subiu mais
de 10% na sua primeira hora.
Desde o início da crise, governos têm repetido que os bancos
asiáticos têm pouca exposição
ao sistema financeiro americano, com exceção do Japão, e
que seus fundamentos econômicos são sólidos.
Em Cingapura e em Hong
Kong, as autoridades voltaram
a pedir calma e a reafirmar a
saúde dos sistemas bancários.
A Índia reduziu a exigência
de reservas em dinheiro aos
bancos e a Coréia do Sul confirmou planos de dar aos bancos
mais acesso ao capital privado.
Já a Indonésia aumentou a
garantia estatal aos depósitos
bancários e facilitou ao BC injetar mais fundos no mercado.
A confiança se refletiu nos
pregões. A Bolsa de Hong Kong
subiu 10,24% ontem, depois de
cair 7% na sexta. A de Cingapura subiu mais de 5%. A de Tóquio, que caiu quase 10% na
sexta, não funcionou devido a
um feriado. A de Xangai subiu
3,7%. As ações do maior banco
chinês, o ICBC, subiram 7,5%.
Mas o receio de desaceleração na China fez com que algumas empresas tivessem ganhos
modestos, como a Chinalco, de
alumínio (mais 2,6%). O superávit comercial da China entre
janeiro e setembro caiu 2,6%
em comparação com o mesmo
período do ano passado.
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