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Resultados acima da média tornam operadora mais atraente
DA REPORTAGEM LOCAL
A GVT foi tão disputada porque é uma empresa cujo desempenho se destaca no setor
de telefonia. O crescimento da
sua base de clientes, da receita e
do lucro tem ficado acima da
média. O seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou
27,3% no terceiro trimestre
deste ano na comparação com o
mesmo período de 2008.
Para aumentar o número de
assinantes, a companhia -que,
quando começou a atuar, estava presente em apenas nove
Estados- tem buscado conquistar novas regiões. Agora, já
possui operações em todo o território nacional e segue ampliando o número de cidades
nas quais oferece seus serviços.
Sua rede é mais nova e moderna. Outra vantagem em relação às concorrentes é a de não
precisar cumprir determinadas
regras do setor, como as metas
de universalização do serviço, o
que lhe dá condições de focar
somente no que é mais rentável. Dessa forma, ao chegar a
um novo município, busca primeiro as áreas nobres, por
exemplo. Segundo analistas, é
notável o seu sucesso na venda
de internet de banda larga,
além da penetração no segmento de pequenas empresas.
Por isso, os valores oferecidos pela Vivendi e pela Telefônica em troca das ações da
GVT, embora altos, eram compreensíveis aos olhos do mercado financeiro e dos especialistas na área de telefonia. No
período que durou a batalha, os
papéis da empresa registraram
uma forte valorização: saíram
de R$ 33,40 em setembro para
fecharem a R$ 54,40 ontem
-proporcionaram, portanto,
ganhos de aproximadamente
63% para quem os detém.
Somar a GVT às suas operações elevaria o poder de fogo da
Telefônica contra a Oi sem que
a operadora precisasse construir novas redes.
E, se para a Vivendi a aquisição da GVT significa a entrada
-embora tímida, já que se dá
por meio da parceria com uma
empresa de pequeno porte-
em um mercado promissor que
é o brasileiro, para a GVT essa
mudança de controle renova o
seu fôlego para crescer. A um
certo ponto, ela poderia sofrer
com a falta de capital para alavancar investimentos.
A expectativa dos especialistas é que a Vivendi reforce a
atuação da GVT também nas
áreas de conteúdo de internet e
de IPTV (transmissão de sinais
televisivos pela internet), nas
quais a francesa é forte e em
que a operadora brasileira desejava avançar para agregar
mais valor à sua banda larga.
Apostar em notícias e entretenimento em diversos formatos
de mídia é a grande tendência
entre as empresas de telefonia.
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