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Após forte oscilação, Bolsa fecha em alta de 1,26%
Bovespa chega a cair 1,63%, ainda sob reflexo do setor habitacional americano
Na Ásia e na Europa, pregões registram forte baixa; na ausência de mais notícias negativas,
Dow Jones avança 0,48%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Na abertura das operações de
ontem, a Bovespa demonstrou
que poderia ter mais um dia de
perdas. Mas, na esteira da recuperação do mercado acionário
norte-americano, acabou por
virar e terminar o pregão com
valorização de 1,26%.
No pior momento do dia, a
Bovespa teve perdas de 1,63%.
A Bolsa de Nova York também viveu um dia de sobe-e-desce: o índice Dow Jones, que
chegou a cair 1,13%, teve alta de
0,48%. A Nasdaq subiu 0,90%.
Os mercados abriram ontem
com os investidores ainda temerosos com o futuro do setor
de financiamento habitacional
nos EUA e seus reflexos no sistema financeiro. A principal
preocupação está relacionada
ao segmento de empréstimos
destinados a pessoas com histórico ruim de crédito -ou seja,
que carregam riscos relevantes
de calote.
Sem novidades negativas, investidores aproveitaram para
comprar papéis que haviam
caído de forma mais pesada nos
últimos dias.
Na Bolsa paulista, todas as 58
ações que formam o Ibovespa
fecharam com queda na terça.
No pregão de ontem, papéis de
diferentes setores tiveram valorizações mais fortes: no topo
ficou Brasil Telecom PN
(4,26% de alta), seguida por
Companhia Siderúrgica Nacional ON (3,81%) e Perdigão ON
(com ganho de 3,51%).
Mas, apesar da melhora vivida nas últimas horas dos pregões, operadores lembram que
a tendência de instabilidade,
com os mercados mundiais oscilando bastante, segue firme.
O mercado asiático encerrou
suas operações ainda sob o efeito desses temores. O índice
Nikkei, da Bolsa de Tóquio,
caiu 2,92% ontem. Na China, a
Bolsa de Xangai perdeu 1,97%.
A Europa também não conseguiu se recuperar -como
aconteceu nos EUA e nos mercados latino-americanos. Houve queda de 2,72% na Bolsa de
Madri; de 2,66% em Frankfurt;
e baixa de 2,61% em Londres.
Hoje, os investidores irão se
deparar com a divulgação de
um importante indicador de inflação dos EUA, o PPI (índice
de preços aos produtores).
Como o mercado global anda
muito sensível a indicadores de
curto prazo, qualquer resultado distante da projeção dos
analistas pode estragar o desempenho das Bolsas hoje.
A expectativa do mercado é a
de que o PPI tenha subido 0,4%
em fevereiro.
Na sexta-feira, será a vez do
CPI -índice de inflação ao consumidor americano.
No Brasil, será divulgada a
ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O documento trará explicações sobre os motivos que
levaram os representantes do
Copom a reduzir, na semana
passada, a taxa Selic de 13% para 12,75% anuais.
No mercado de câmbio brasileiro, o dólar voltou a fechar
abaixo dos R$ 2,10. A moeda
americana teve recuo de 0,24%
e terminou vendida a R$ 2,099.
No início dos negócios, o dólar
alcançou os R$ 2,118.
O Banco Central não alterou
sua forma de agir e comprou
dólares dos bancos, promovendo seu já habitual leilão para
adquirir moeda -o que não foi
suficiente para segurar a apreciação do real.
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