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Rumor de quebra tornou o socorro inevitável, diz banco
Segundo TV, Bear Stearns estaria sendo oferecido a bancos; ação caiu 47%
CEO do Bear Stearns diz que resultado do 1º trimestre, que foi adiantado para segunda-feira, ficará dentro da expectativa de analistas
DA REDAÇÃO
Uma das alternativas para o
Bear Stearns, fundado em 1923,
pode ser a sua venda para o próprio JPMorgan Chase, que é a
instituição que o está ajudando
na operação com o Fed (o banco central americano). A alternativa foi cogitada pela TV
CNBC. Ela afirmou ainda que
outras instituições financeiras
foram procuradas e que o quinto maior banco de investimento dos EUA está sendo "oferecido ativamente".
O JPMorgan Chase disse em
comunicado que vai "trabalhar
de maneira próxima" com o
banco de investimento para encontrar uma solução para a sua
crise financeira. O presidente-executivo do Bear Stearns, Alan
Schwartz, afirmou que o banco
estuda uma série de opções.
No mês passado, o governo
do Reino Unido nacionalizou
temporariamente o Northern
Rock (a quinta maior instituição de financiamento do país),
depois de rejeitar duas propostas do setor privado.
Com o anúncio da ajuda, as
Bolsas americanas, que começaram o dia em alta, animadas
com os dados da inflação ao
consumidor no mês passado,
desabaram. O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, caiu 1,60%. Ainda assim, graças à alta da terça
-após o Fed divulgar os leilões-, terminou a semana com
alta de 0,48%. No ano, ele tem
prejuízo de 9,9%. A Nasdaq se
desvalorizou ontem em 2,26%,
e o S&P 500, em 2,08%.
As ações do Bear Stearns chegaram a perder mais da metade
do seu valor ontem e terminaram o dia com baixa de 47,37%,
com perda acumulada de mais
de 57% nesta semana. Os papéis do Lehman Brothers caíram 14,63% ontem, e os do
JPMorgan Chase, 4,12%.
Schwartz, que na quarta-feira afirmou que a liquidez da
instituição continuava "forte",
atribuiu os problemas do banco
ao rumores de quebra. "Nós
tentamos enfrentar e dispersar
esses rumores, separando os fatos da ficção", disse ontem em
nota. "Apesar disso, em meio ao
falatório do mercado, nossa posição de liquidez se deteriorou
significativamente nas últimas
24 horas."
Schwartz afirmou ainda que
não houve "mudanças materiais" no poder financeiro do
banco e que o resultado do primeiro trimestre fiscal ficará
dentro das expectativas dos
analistas. Inicialmente marcada para quarta-feira, a divulgação do balanço foi antecipada
ontem para segunda-feira.
No trimestre fiscal encerrado em 30 de novembro de
2007, a instituição perdeu US$
854 milhões, afetada pelos investimentos em títulos lastreados em hipotecas "subprime"
(de alto risco). Foi o primeiro
resultado negativo na história
da instituição. No ano passado,
ela lucrou US$ 233 milhões,
89% menos que em 2006.
O Bear Stearns foi uma das
instituições mais afetadas pelos problemas no mercado de
"subprime" nos EUA e dois de
seus fundos de hedge foram fechados no meio do ano passado
-em um dos primeiros sinais
da crise no setor financeiro.
Em outubro do ano passado,
ele negociou um acordo de injeção de US$ 1 bilhão com a Citic
Securities, instituição financeira do governo chinês. Porém,
segundo o "Financial Times", o
negócio, que ainda não foi
aprovado pelos chineses, não
deve seguir adiante.
Com agências internacionais
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