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Mortes por suposto excesso de esforço ampliam blitze
MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO
As fiscalizações no campo foram ampliadas após o registro
de mortes de trabalhadores supostamente por causa do excesso de esforço físico na colheita da cana.
A partir de abril 2004, a Pastoral do Migrante de Guariba
começou a contabilizar as mortes no campo. Desde então, foram 22 mortes, investigadas
por órgãos como o Ministério
Público Federal e a ONG Dhesc
Brasil, parceira da ONU. Outros 13 organismos passaram a
apurar ou acompanhar as mortes suspeitas, o que elevou o total de blitze em lavouras, principalmente nas regiões de Ribeirão Preto e Piracicaba (SP).
Ações civis públicas foram
ajuizadas pelo Ministério Público do Trabalho e audiências
públicas foram realizadas, para
exigir o cumprimento de normas na safra. Desde então, melhoraram as condições dos trabalhadores, com a adoção de
equipamentos de proteção individual, banheiros e sombra
para os repousos durante as refeições -toldos são esticados
tendo como base os ônibus usados pelas turmas de bóias-frias.
Desde então, no entanto, discute-se ainda o fim do pagamento por produtividade,
apontado como um dos fatores
responsáveis pelo excesso de
esforço no campo, mas não há
consenso entre as partes.
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