São Paulo, sábado, 15 de março de 2008

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Mortes por suposto excesso de esforço ampliam blitze

MARCELO TOLEDO
DA FOLHA RIBEIRÃO

As fiscalizações no campo foram ampliadas após o registro de mortes de trabalhadores supostamente por causa do excesso de esforço físico na colheita da cana.
A partir de abril 2004, a Pastoral do Migrante de Guariba começou a contabilizar as mortes no campo. Desde então, foram 22 mortes, investigadas por órgãos como o Ministério Público Federal e a ONG Dhesc Brasil, parceira da ONU. Outros 13 organismos passaram a apurar ou acompanhar as mortes suspeitas, o que elevou o total de blitze em lavouras, principalmente nas regiões de Ribeirão Preto e Piracicaba (SP).
Ações civis públicas foram ajuizadas pelo Ministério Público do Trabalho e audiências públicas foram realizadas, para exigir o cumprimento de normas na safra. Desde então, melhoraram as condições dos trabalhadores, com a adoção de equipamentos de proteção individual, banheiros e sombra para os repousos durante as refeições -toldos são esticados tendo como base os ônibus usados pelas turmas de bóias-frias.
Desde então, no entanto, discute-se ainda o fim do pagamento por produtividade, apontado como um dos fatores responsáveis pelo excesso de esforço no campo, mas não há consenso entre as partes.


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