São Paulo, sábado, 15 de abril de 2006

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TRANSPORTES

Anvisa iniciou movimento em fevereiro

Perda com greve de fiscais em Santos passa de US$ 80 mi, diz sindicato

Tuca Vieira/Folha Imagem
Navio é carregado com contêineres no porto de Santos, em SP


MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Os prejuízos causados pela greve de fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), deflagrada em fevereiro, já passam de US$ 80 milhões (R$ 171 milhões) no porto de Santos (litoral paulista), segundo estimativa do Sindicado das Agências de Navegação do Estado de São Paulo.
O vice-presidente do sindicato, José Roque, afirmou que o custo diário de um navio parado varia de US$ 40 mil a US$ 90 mil (R$ 85 a R$ 192 mil), de acordo com o tipo da embarcação.
Desde o início da greve, há quase dois meses, aproximadamente 60 navios desviaram suas escalas. Roque afirmou que, desde a semana passada, alguns deles se dirigiram a outros portos em que não há greve apenas para receberem a inspeção da Anvisa e ficarem livres do procedimento em Santos.
"Houve uma autorização da coordenadoria da Anvisa de São Paulo para que o navio que foi inspecionado em um primeiro porto brasileiro não precise ser inspecionado no segundo. Então, um navio que vem de uma região com febre amarela ou gripe aviária vai a um porto alternativo só para inspeção. Depois, vem para Santos e não fica na fila", disse.
A Anvisa informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a possibilidade da liberação no segundo porto brasileiro existe, mas que depende das informações transmitidas pelo capitão do navio via rádio. A liberação não existe, porém, se o navio for procedente de portos do Maranhão, do Pará e do Amazonas.
Wellington do Nascimento Rodrigues, do comando de greve em Santos, confirmou a informação da assessoria ao dizer que o navio está livre da segunda inspeção dependendo das informações passadas pelo comandante.
De acordo com ele, 6 dos 30 funcionários da Anvisa estão trabalhando. Três deles fazem inspeção nos navios. "De todo o serviço realizado pelo posto da Anvisa em Santos, de 35% a 40% estão sendo executados."


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