DA SUCURSAL DO RIO

Para caber no bolso da população de baixa renda, as distribuidoras vão vender botijões menores. A Liquigás, da Petrobras, lançará em dois meses o vasilhame de gás cozinha de 8 kg (62% do tamanho padrão).
"O objetivo é reduzir o tíquete médio e tornar o produto mais acessível. Nem sempre os consumidores têm os R$ 35 [preço do botijão de 13 kg] quando o caminhão passa", diz Paolo Ditta, diretor da Liquigás. O produto deve custar de R$ 22 a R$ 25 -um quilo será 10% mais caro que o de 13 kg.
A Fogás, distribuidora com forte atuação no Norte, tem uma experiência bem-sucedida com botijões de 8 kg e 5 kg.
A Liquigás investiu R$ 2,5 milhões na compra de 30 mil botijões, mas Ditta diz que a companhia poderá alocar mais recursos se o novo produto agradar aos consumidores e até atrair, "por exemplo, consumidores que moram sozinhos."
Congelado desde 2002, o preço do gás de cozinha não deve subir com a alta da gasolina e do diesel, segundo o Sindigás.
Pressionada pela alta do petróleo, a estatal elevou neste ano duas vezes o preço do GLP de uso industrial, e não o de 13 kg (doméstico), causando diferença de 44% e desorganizando o mercado, segundo o presidente do sindicato, Sérgio Bandeira de Mello. (PEDRO SOARES)


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