São Paulo, terça-feira, 15 de junho de 2004

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Petrobras fez "escolha política", diz especialista

DA SUCURSAL DO RIO

Para Adriano Pires, especialista em petróleo do CBIE (Centro Brasileira de Infra-Estrutura), a escolha de um aumento dos combustíveis da ordem de 10% (na refinaria) "foi política".
Pires disse à Folha que o aumento deveria ter sido maior, considerando a defasagem em relação aos preços internacionais. No entanto, segundo ele, o governo optou por uma elevação mais modesta para não pressionar a inflação nem parecer uma medida "impopular" num ano eleitoral.
Pelos cálculos de Pires, que foi assessor da ANP no governo FHC, a defasagem da gasolina e do diesel em relação aos preços externos era, até a semana passada, de 32% e 17%, respectivamente.
Pires disse que os reajustes na refinaria teriam de ser de 18% no caso da gasolina e de 15% no do diesel para compensar a defasagem desde o início do ano, quando o petróleo começou a subir.
O especialista calcula que, com os percentuais de aumento anunciados ontem, a elevação do preço na bomba será de 6% para a gasolina e de 9,6% para o diesel.


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