São Paulo, domingo, 15 de julho de 2007

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Entidade estima que faltem 3.000 profissionais no país

DA REPORTAGEM LOCAL

A estimativa da Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) é que faltem 3.000 profissionais no país, entre engenheiros, tecnólogos e técnicos de engenharia. Segundo a entidade, enquanto o Brasil forma por ano 20 mil engenheiros, a Coréia do Sul, com população que equivale a um terço da brasileira, gradua 80 mil engenheiros ao ano.
Além de o baixo crescimento do país nos últimos 20 anos ter desestimulado os jovens a buscar essa carreira, a expansão do ensino universitário dos últimos anos deu-se por meio de faculdades privadas. Sem interesse do público em engenharia, não houve o aumento na oferta de cursos na área. Os que apareceram são classificados como de baixa qualidade.
"Meus alunos são disputados a tapa pelas empresas", afirma Ericksson Rocha e Almendra, diretor da Escola Politécnica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Além de importar profissionais, empresas como Embraer, Peugeot-Citroën e Michelin têm feito parcerias com universidades. Têm também trazido à ativa engenheiros aposentados, que voltam após treinamento em novas tecnologias.
A melhoria no mercado de trabalho tem mudado a procura pelos cursos. Há quatro anos, cada vaga na Poli-UFRJ era disputada por 6,5 candidatos. No ano passado subiu para 8 por vaga, sendo que o número de vagas abertas passou de 600 para 790 no período.
Pela primeira vez em muitos anos, a procura por engenharia igualou medicina. Além disso, o índice de desistência dos cursos de engenharia, que há seis anos superava os 40%, baixou para 30%.
Fábio Pereira, gerente-executivo da divisão de engenharia da empresa de recrutamento e seleção Michael Page, acredita que a alta na procura por esses profissionais está longe de ser uma bolha. Isso porque há investimentos planejados de longo prazo em várias áreas e pelo fato de o Brasil ter se tornado plataforma de exportação de várias empresas mundiais. (CB)


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