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Entidade estima que faltem 3.000 profissionais no país
DA REPORTAGEM LOCAL
A estimativa da Confea (Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia) é
que faltem 3.000 profissionais
no país, entre engenheiros, tecnólogos e técnicos de engenharia. Segundo a entidade, enquanto o Brasil forma por ano
20 mil engenheiros, a Coréia do
Sul, com população que equivale a um terço da brasileira, gradua 80 mil engenheiros ao ano.
Além de o baixo crescimento
do país nos últimos 20 anos ter
desestimulado os jovens a buscar essa carreira, a expansão do
ensino universitário dos últimos anos deu-se por meio de
faculdades privadas. Sem interesse do público em engenharia, não houve o aumento na
oferta de cursos na área. Os que
apareceram são classificados
como de baixa qualidade.
"Meus alunos são disputados
a tapa pelas empresas", afirma
Ericksson Rocha e Almendra,
diretor da Escola Politécnica da
UFRJ (Universidade Federal
do Rio de Janeiro).
Além de importar profissionais, empresas como Embraer,
Peugeot-Citroën e Michelin
têm feito parcerias com universidades. Têm também trazido à
ativa engenheiros aposentados,
que voltam após treinamento
em novas tecnologias.
A melhoria no mercado de
trabalho tem mudado a procura pelos cursos. Há quatro anos,
cada vaga na Poli-UFRJ era disputada por 6,5 candidatos. No
ano passado subiu para 8 por
vaga, sendo que o número de
vagas abertas passou de 600
para 790 no período.
Pela primeira vez em muitos
anos, a procura por engenharia
igualou medicina. Além disso, o
índice de desistência dos cursos de engenharia, que há seis
anos superava os 40%, baixou
para 30%.
Fábio Pereira, gerente-executivo da divisão de engenharia
da empresa de recrutamento e
seleção Michael Page, acredita
que a alta na procura por esses
profissionais está longe de ser
uma bolha. Isso porque há investimentos planejados de longo prazo em várias áreas e pelo
fato de o Brasil ter se tornado
plataforma de exportação de
várias empresas mundiais.
(CB)
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