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MERCADO FINANCEIRO
Maioria dos analistas prevê elevação dos juros pelo Copom, mas parte ainda crê na manutenção da taxa
Bolsa tem a maior alta em quase um mês
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bolsa de Valores de São Paulo
preferiu se apoiar em uma parcela
menor do mercado que aposta na
manutenção da taxa básica de juros e cravou a sua maior alta em
quase um mês. Ontem, a Bovespa
registrou alta de 2,29%.
Os investidores aproveitaram as
baixas recentes do mercado acionário e procuraram papéis que estavam com preços reduzidos.
Apenas 4 das 55 ações que compõem o Ibovespa recuaram. A
Bolsa fechou o pregão de segunda-feira com perdas acumuladas
de 4,36% em setembro.
Hoje o Copom anuncia como ficam os juros básicos da economia, que estão em 16% ao ano. A
maior parte do mercado acredita
em uma alta entre 0,25 e 0,50 ponto percentual. Mas há economistas, como Hugo Penteado, do
ABN Amro Asset, que crêem na
possibilidade de a taxa básica permanecer inalterada.
A consultoria Global Invest
também afirma acreditar que os
juros básicos devem ser mantidos. Dentre os motivos para justificar sua projeção, a consultoria
diz que recentes pontos de preocupação -como dólar e petróleo- perderam força. Além disso, aponta que a alta recente da inflação foi motivada por pressões
sazonais.
Ontem instituições financeiras
procuraram se defender -caso
haja uma manutenção da Selic-
e venderam contratos futuros de
juros mais longos. Esse movimento fez as projeções das taxas
dos contratos com prazo de vencimento mais longos recuarem.
Apenas o contrato mais curto subiu, para fechar a 16,13%.
No pregão da BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros), o volume de contratos DI -que consideram os negócios entre bancos- negociados dobrou em relação ao dia anterior.
A taxa do DI de janeiro, o mais
negociado, caiu de 16,87% para
16,75%. No papel que vence em
julho de 2005, a taxa recuou de
17,78% para 17,64%.
O dólar fechou estável, vendido
a R$ 2,91. As últimas captações de
recursos no exterior fechadas por
bancos e empresas nacionais têm
ajudado a manter o dólar em níveis mais baixos.
Aírton Villafranca, superintendente da área internacional do
banco Santander Banespa, que
captou US$ 400 milhões na segunda-feira, diz que o mercado
está muito favorável a emissões
neste momento.
(FABRICIO VIEIRA)
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