São Paulo, quarta-feira, 15 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Cana mecanizada
Apesar de muito avançada na região de Ribeirão Preto, na média a colheita mecânica de cana-de-açúcar atinge apenas 16% da produção no Estado de São Paulo, líder nacional nessa cultura. O setor tem de avançar nesse sistema até 2020 para cumprir as metas de eliminação de poluição ambiental devido à queima da palha da cana.

Os números
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, órgão que faz o acompanhamento do setor, a colheita manual de cana, com o emprego de queimadas, indicava, na semana passada, 2,27 milhões de hectares. Já a colheita manual sem o emprego de queimadas era de 111,1 mil hectares. A mecanizada atingia 381,7 mil hectares.

Longo prazo
Para Ademir Müeller, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná, já que o avanço da mecanização nas diversas lavouras do país é inevitável, o governo deveria adotar uma política de fornecer crédito a longo prazo para os produtores comprarem terras, assim como é feito na compra de casas. "Afinal, produzir é a única coisa que eles sabem fazer."

Problemas na nova safra
A forte alta no preço dos insumos agrícolas nos últimos 12 meses está comprometendo o plantio da safra de grãos 2004/2005, que começa a ser semeada a partir de setembro no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste. O preço do inseticida, por exemplo, chegou a subir até 34%. Em contrapartida, não existiu recuperação dos preços pagos pela produção agrícola.

Buscando alternativas
Segundo o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, o produtor está recebendo menos e gastando mais para produzir, o que compromete sua capacidade de investir na nova safra. Uma audiência marcada para hoje na Câmara dos Deputados discutirá os problemas gerados pela alta no preço dos insumos.

Boi em queda
O preço da arroba do boi gordo voltou a apresentar queda nesta terça-feira nos principais frigoríficos de São Paulo. A dificuldade na venda da carne e a elevada quantidade de animais para o abate justificam a queda. Em São Paulo, a cotação do boi recuou R$ 1,00, sendo negociado a R$ 61.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


Texto Anterior: Mercado financeiro: Bolsa tem a maior alta em quase um mês
Próximo Texto: Agricultura: País tenta ampliar venda de álcool ao Japão
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.