São Paulo, terça-feira, 15 de setembro de 2009

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Para entidade, protecionismo não se alastra

DE GENEBRA

A crise detonou medidas protecionistas aqui e acolá, mas, passado um ano, não houve adoção disseminada de restrições ao comércio nem ao financiamento, conclui relatório da OMC, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e da Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento.
O documento abarca o período entre abril e agosto deste ano e foca os membros do G20.
Embora mantenha a previsão da OMC para este ano de encolhimento de 10% do comércio global, o relatório comemora uma alta de 2,5% no volume em junho, a maior em um ano. Mais do que isso, diz, é o primeiro mês na crise com avanço generalizado.
As organizações alertam, no entanto, para o risco de medidas contingenciais tomadas na turbulência se cristalizarem em protecionismo. O texto ressalta a decisão dos EUA e da União Europeia de readotar subsídios agrícolas -um entrave à negociação para liberalizar o comércio global.
Também alude à cláusula "Buy American" do plano da Casa Branca ao citar pacotes que "contêm elementos para favorecer produtos e serviços domésticos às custas das importações".
Para o futuro, as entidades esperam um pipocar de investigações sobre medidas antidumping e salvaguardas. Por ora, diz o texto, os números são similares aos de 2008, embora o jogo de pesos tenha mudado (o Brasil, por exemplo, pediu 2 neste ano contra 9 no passado; a China foi de 4 a 14).
No geral, a avaliação da resposta à crise é positiva. OMC, Unctad e OCDE elogiam medidas que estimulam mais transparência.


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