DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As pessoas que têm vontade de fazer uma cirurgia plástica, mas não têm dinheiro para pagar a operação, vão ganhar em breve uma ajuda do Banco Central.
Segundo a assessoria do BC, até o final deste ano deve ser autorizada a criação de consórcios para financiar esse e outros tipos de cirurgia.
Uma equipe de técnicos do BC estuda a criação de novas modalidades de consórcios. Um deles é destinado a pagar por serviços médicos, inclusive cirurgias plásticas e atendimentos odontológicos.
O funcionamento será igual aos consórcios que existem atualmente. Administradoras de consórcios irão reunir pessoas que pretendam utilizar o mesmo tipo de serviço médico.
Elas pagarão mensalidades e, periodicamente, poderão ser contempladas -por meio de sorteio ou de lances- com uma carta de crédito no valor do tratamento a ser utilizado.
Assim como acontece com os consórcios tradicionais, o BC não irá estabelecer prazos máximos de duração para os novos grupos. Os prazos vão ser estipulados, caso a caso, pelas próprias administradoras.

Cursos e viagens
Além dos serviços médicos, o BC pretende ainda autorizar a criação de consórcios para financiar cursos e outras atividades educacionais. O público-alvo desse novo serviço serão pais que desejem financiar os estudos dos filhos e as pessoas que pretendem fazer cursos no exterior e queiram planejar isso com antecedência.
Também deve ser liberada a volta dos consórcios para viagens ao exterior. Esse tipo de consórcio foi extinto há alguns anos para desestimular os gastos de brasileiros fora do país.
O funcionamento de todos esses novos tipos de consórcio será igual ao dos grupos tradicionais, como, por exemplo, o consórcio de automóveis. Mas os consumidores só poderão ter acesso a esses novos serviços depois que o BC autorizar.
O mercado de consórcios é regulado pelo BC, cabendo à instituição decidir quais os tipos de produtos e serviços que podem ser comercializados dessa forma. Com a autorização para o funcionamento de novos tipos de consórcio, o BC pretende estimular a expansão desse mercado.
Atualmente, apenas os consórcios de veículos, imóveis e aparelhos eletroeletrônicos estão autorizados a funcionar pelo BC. Os consórcios de veículos são, de longe, os que contam com o maior número de participantes.
De acordo com dados da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), cerca de 86% dos 2,66 milhões de consorciados do país têm como objetivo a compra de carro ou moto.
Por outro lado, o segmento que mais cresce no mercado de consórcios é o que financia a compra de imóveis. Neste ano, o número de consorciados nessa área aumentou 19,9% em relação a 1999 e já chega a 69,5 mil, também segundo a Abac.


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