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BANCOS
Instituição planeja vender ações de seguradoras para elevar comércio de fundos
BB estuda novo enfoque dos negócios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil estuda fazer
uma reestruturação na empresa e
vender sua participação acionária
em cinco seguradoras. Com essa
mudança na área de seguros, a diretoria do banco pretende dar
mais ênfase à comercialização de
fundos de investimento.
Em 1996, o BB concentrou seus
negócios no setor de seguros nas
seguintes empresas: Aliança do
Brasil, BrasilCap, BrasilPrev, BrasilSaúde e BrasilSeg. Cada uma
delas passou a ser controlada por
empresas privadas, embora o BB
tenha mantido uma participação
minoritária nelas.
O banco estuda agora vender a
totalidade de sua participação nas
seguradoras. Segundo o diretor
de finanças do BB, Vicente Diniz,
a estatal vai fazer uma avaliação
das parcerias firmadas há quatro
anos com a iniciativa privada.
Ele afirmou que só falta decidir
se essa avaliação vai ser feita por
técnicos do BB ou será contratada
uma empresa independente para
a tarefa.
A venda da participação do BB
na Aliança do Brasil já é praticamente certa. Segundo Diniz, a iniciativa de desfazer a parceria partiu da Aliança da Bahia, que detém 60% do controle da seguradora.
Diniz afirmou que pode ser
mais vantajoso para o BB vender a
participação nessas seguradoras e
obter ganhos maiores por meio
de acordos de distribuição a serem fechados com os novos donos das empresas.
"O ponto forte do banco é a nossa rede de distribuição", disse Diniz. O BB possui 2.820 agências
espalhadas pelo país, que, além de
atender os clientes do banco, também vendem os produtos comercializados pelas cinco seguradoras.
Se o BB realmente vender as
companhias de seguro, a estatal
poderá ganhar mais dinheiro cobrando dos novos donos da seguradora para continuar comercializando esses produtos por meio
de suas agências.
Ao contrário das seguradoras, a
corretora do banco -a Banco do
Brasil Distribuidora de Títulos e
Valores Mobiliários- não deve
mais ser vendida, como chegou a
se cogitar tempos atrás. A corretora é responsável pela área de investimentos do banco.
Para Diniz, é importante que a
BBDTVM continue ligada ao
Banco do Brasil. "Quando o cliente procura a BBDTVM, ele procura a credibilidade e a segurança
que o Banco do Brasil transmite."
Outro banco federal que pretende vender sua participação numa
empresa de seguros é a CEF (Caixa Econômica Federal), que é
uma das sócias da Caixa Seguros
(antiga Sasse Seguros).
Essa medida, a exemplo do que
está sendo estudado pelo Banco
do Brasil, está em discussão desde
meados do ano passado.
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