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DA REPORTAGEM LOCAL
Os problemas da Embratel em
conseguir um acordo de compartilhamento de infra-estrutura
com Telemar, Telefônica e Brasil
Telecom têm prejudicado há dois
anos os planos da operadora de
oferecer serviços de banda larga.
Atualmente, também atrapalham
os planos da Embratel de oferecer
telefonia local.
A Embratel recebeu da Anatel
neste ano o direito de explorar esse tipo de serviço e iniciou a operação em cidades do Nordeste,
por exemplo.
Caso a Embratel não consiga
entrar em acordo com as concorrentes para o compartilhamento,
terá de investir muito dinheiro na
criação de uma rede própria. O
que geraria mais custos para uma
companhia que enfrenta grandes
dificuldades financeiras.
A Embratel tem uma dívida de
US$ 1,3 bilhão. Seu prejuízo no
terceiro trimestre do ano foi de R$
549 milhões. Os problemas da
empresa não são apenas internos.
Sua controladora, a norte-americana WorldCom, tem uma dívida
de US$ 41 bilhões e declarou concordata neste ano.
Telefônica, Telemar e Brasil Telecom se juntaram recentemente
em uma estratégia para tentar
comprar a Embratel.
O objetivo é comprar a empresa
diretamente da WorldCom, no
exterior, o que impediria a Anatel
de vetar o negócio no Brasil. A legislação impede que uma operadora de telefonia fixa compre outra até meados de 2003.
A estratégia de Telemar, Telefônica e Brasil Telecom, caso comprem a Embratel, é dividir as operações de transmissão de dados e
de telefonia da empresa entre si.
Apenas a operação menos rentável, de intermediação de sinais e
dados, ficaria com a Embratel. A
empresa desenvolveria ainda novas tecnologias.
A Embratel nega que esteja à
venda. A empresa afirma que Telefônica, Telemar e Brasil Telecom querem prejudicá-la com essa estratégia justamente no momento em que começa a oferecer
serviços de telefonia local.
A Embratel já oferece ligações
locais em cidades como Salvador
e Recife. Deve iniciar as operações
em São Paulo em janeiro.
(LV)
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