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Bush e Congresso negociam "alívio fiscal"
DO "NEW YORK TIMES"
O governo Bush e líderes do
Congresso, cada vez mais preocupados com uma possível recessão, estão quase concordando sobre a necessidade urgente
de um pacote de estímulo econômico, disseram autoridades
de Washington.
Um republicano que conhece
bem o pensamento do governo
disse que Bush apresentaria
idéias para estimular a economia norte-americana, mais
provavelmente na forma de um
alívio fiscal, em seu discurso sobre o Estado da União, programado para 28 de janeiro.
Democratas e republicanos
no Capitólio também sugerem
que talvez consigam deixar de
lado antigas diferenças partidárias para trabalhar em uma medida de estímulo, disseram deputados e assessores.
Em um novo sinal da possibilidade de um acordo sobre um
pacote de aproximadamente
US$ 100 bilhões em cortes fiscais e gastos para esquentar a
economia, Nancy Pelosi, da Califórnia e presidente da Câmara, e o senador Harry Reid, de
Nevada, líder da maioria, escreveram ao presidente Bush na
sexta-feira dizendo: "Queremos trabalhar com o senhor".
Bush reconheceu que os
americanos estão "ansiosos sobre a economia" e disse que está estudando que medidas irá
tomar.
Mas esse republicano, falando no anonimato para evitar se
sobrepor à Casa Branca, disse:
"Se a decisão fosse "não" ele não
teria dito isso".
Alguns democratas acham
que poderiam apoiar uma redução fiscal voltada para pessoas de renda menor, e talvez
até cortes para empresas, se a
Casa Branca e a liderança republicana no Congresso aceitarem alguns aumentos de gastos, como ampliar os benefícios
a desempregados ou a ajuda aos
Estados para ajudá-los a evitar
cortes de gastos.
Respondendo à carta de Pelosi e Reid, Tony Fratto, porta-voz da Casa Branca, disse que
Bush instruiu os assessores para obter opiniões de todos os lados enquanto ele decide sobre
um possível pacote econômico.
"É claro que queremos proceder de maneira bipartidária",
disse Fratto, acrescentando
que Bush pretende se encontrar com Pelosi e Reid para relatar sua viagem ao Oriente
Médio.
Mas esses democratas dizem
que a Casa Branca teria de concordar em não tentar adicionar
medidas preferidas, como rejeitar o imposto sobre propriedades ou tornar permanentes
os cortes de Bush de 2001 e
2003, assim como os democratas teriam de evitar emendas de
gastos extras.
Alguns membros do governo
Bush disseram que qualquer
ação deve ser tomada logo.
"O tempo será essencial",
disse o secretário do Tesouro,
Henry M. Paulson Jr., em entrevista à Bloomberg Television. "Por isso acho que devemos fazer algo o mais rápido
possível, se quisermos."
Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES
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