São Paulo, quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

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Bush e Congresso negociam "alívio fiscal"

DO "NEW YORK TIMES"

O governo Bush e líderes do Congresso, cada vez mais preocupados com uma possível recessão, estão quase concordando sobre a necessidade urgente de um pacote de estímulo econômico, disseram autoridades de Washington.
Um republicano que conhece bem o pensamento do governo disse que Bush apresentaria idéias para estimular a economia norte-americana, mais provavelmente na forma de um alívio fiscal, em seu discurso sobre o Estado da União, programado para 28 de janeiro. Democratas e republicanos no Capitólio também sugerem que talvez consigam deixar de lado antigas diferenças partidárias para trabalhar em uma medida de estímulo, disseram deputados e assessores.
Em um novo sinal da possibilidade de um acordo sobre um pacote de aproximadamente US$ 100 bilhões em cortes fiscais e gastos para esquentar a economia, Nancy Pelosi, da Califórnia e presidente da Câmara, e o senador Harry Reid, de Nevada, líder da maioria, escreveram ao presidente Bush na sexta-feira dizendo: "Queremos trabalhar com o senhor".
Bush reconheceu que os americanos estão "ansiosos sobre a economia" e disse que está estudando que medidas irá tomar. Mas esse republicano, falando no anonimato para evitar se sobrepor à Casa Branca, disse: "Se a decisão fosse "não" ele não teria dito isso".
Alguns democratas acham que poderiam apoiar uma redução fiscal voltada para pessoas de renda menor, e talvez até cortes para empresas, se a Casa Branca e a liderança republicana no Congresso aceitarem alguns aumentos de gastos, como ampliar os benefícios a desempregados ou a ajuda aos Estados para ajudá-los a evitar cortes de gastos.
Respondendo à carta de Pelosi e Reid, Tony Fratto, porta-voz da Casa Branca, disse que Bush instruiu os assessores para obter opiniões de todos os lados enquanto ele decide sobre um possível pacote econômico. "É claro que queremos proceder de maneira bipartidária", disse Fratto, acrescentando que Bush pretende se encontrar com Pelosi e Reid para relatar sua viagem ao Oriente Médio.
Mas esses democratas dizem que a Casa Branca teria de concordar em não tentar adicionar medidas preferidas, como rejeitar o imposto sobre propriedades ou tornar permanentes os cortes de Bush de 2001 e 2003, assim como os democratas teriam de evitar emendas de gastos extras.
Alguns membros do governo Bush disseram que qualquer ação deve ser tomada logo.
"O tempo será essencial", disse o secretário do Tesouro, Henry M. Paulson Jr., em entrevista à Bloomberg Television. "Por isso acho que devemos fazer algo o mais rápido possível, se quisermos."


Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES

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