São Paulo, terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

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Crescimento desordenado e favelização são temores

DA ENVIADA A SÃO JOÃO DA BARRA

A chegada do porto do Açu gera expectativas contrastantes entre os moradores de São João da Barra, município que hoje vive do turismo, da agricultura, da pesca e, principalmente, dos royalties de petróleo recebidos devido à proximidade com a bacia de Campos. Enquanto uns sonham com empregos melhores, outros temem o aumento da violência.
Gari há cinco anos, Alvino Queiroz Lopes, 23, alimenta a esperança de deixar para trás a carroça com a qual faz, por R$ 465 mensais, a coleta de lixo das margens do rio Paraíba do Sul e arredores. "Hoje é muito difícil arrumar trabalho aqui."
Já para a limpadora de peixe Nilce Meireles, 44, o porto é fator de apreensão. "São João é um lugar pacato, mas está vindo gente de tudo quanto é canto atrás de emprego. O problema é quando não conseguem. Já está tendo muito roubo por aqui."
A carência de infraestrutura preocupa. Marcos Pedlowski, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, teme a repetição da experiência de Macaé, que cresceu desordenadamente. Estudo encomendado pela LLX prevê que, em 15 anos, o número de habitações no município terá que passar das atuais 10 mil para 84 mil; o de leitos para tratamento de saúde, de 40 para 666; e o de salas de aula, de 196 para 995.
Parte dos investimentos deve ser feita pelo grupo EBX.


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