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Crescimento desordenado e favelização são temores
DA ENVIADA A SÃO JOÃO DA BARRA
A chegada do porto do Açu
gera expectativas contrastantes entre os moradores de São
João da Barra, município que
hoje vive do turismo, da agricultura, da pesca e, principalmente, dos royalties de petróleo recebidos devido à proximidade com a bacia de Campos.
Enquanto uns sonham com
empregos melhores, outros temem o aumento da violência.
Gari há cinco anos, Alvino
Queiroz Lopes, 23, alimenta a
esperança de deixar para trás a
carroça com a qual faz, por R$
465 mensais, a coleta de lixo
das margens do rio Paraíba do
Sul e arredores. "Hoje é muito
difícil arrumar trabalho aqui."
Já para a limpadora de peixe
Nilce Meireles, 44, o porto é fator de apreensão. "São João é
um lugar pacato, mas está vindo gente de tudo quanto é canto
atrás de emprego. O problema é
quando não conseguem. Já está
tendo muito roubo por aqui."
A carência de infraestrutura
preocupa. Marcos Pedlowski,
da Universidade Estadual do
Norte Fluminense, teme a repetição da experiência de Macaé, que cresceu desordenadamente. Estudo encomendado
pela LLX prevê que, em 15 anos,
o número de habitações no município terá que passar das
atuais 10 mil para 84 mil; o de
leitos para tratamento de saúde, de 40 para 666; e o de salas
de aula, de 196 para 995.
Parte dos investimentos deve
ser feita pelo grupo EBX.
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