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Brasil acerta convênio para financiamento
CAROLINA VILA-NOVA
DE BUENOS AIRES
Brasil e Argentina firmaram ontem um convênio inédito de integração bancária com o objetivo de
financiar investimentos produtivos, operações de comércio exterior e projetos de infra-estrutura
na região.
O acordo foi acertado entre o
Banco de la Nación Argentina e o
Bice (Banco de Investimento e
Comércio Exterior), pelo lado argentino, e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O convênio, discutido há mais
de um ano pelos dois países, terá
validade de três anos e poderá ser
prorrogado.
Não há um montante pré-determinado disponível para financiamento, mas o BNDES estima que
fique em torno de US$ 1 bilhão.
O valor final vai depender da
análise feita às cerca de 20 iniciativas submetidas a estudo pelas entidades e que incluem projetos de
hidrovia, gasoduto, ferrovia e exportação de biotecnologia, entre
outros.
"O passo é de extrema importância para financiar o comércio
dentro da região, financiar investimentos e, como último elemento e talvez o mais importante, para uma maior participação dos
nossos países no comércio mundial", disse Roberto Lavagna, ministro da Economia argentino.
Arnaldo Bocco, presidente do
Bice, mostrou-se otimista. "É um
momento muito esperado principalmente porque vamos poder
multiplicar os recursos de que
dispomos, o que terá um efeito de
reativação do setor privado e do
setor público."
"Nosso objetivo é basicamente
criar um canal capaz de fomentar
as exportações brasileiras de bens
e serviços", afirmou Darc Costa,
vice-presidente do BNDES.
"Como desdobramento, num
estágio mais avançado, imaginamos a possibilidade de articular
os chamados acordos produtivos
regionais, por exemplo, uma empresa argentina e uma brasileira
se unindo para produzir determinado bem para o mercado internacional", disse Costa. Segundo
ele, os projetos para financiamento serão discutidos a partir da primeira quinzena de maio.
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