Principal proposta é derrubar assembléia obrigatória na cidade-sede da empresa e instituir voto eletrônico à distância

Entidade diz que objetivo é zelar por boas práticas de gestão de toda a indústria e não apenas representaros pequenos acionistas

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Amec (Associação dos Investidores do Mercado de Capitais), nova entidade que representa os minoritários, discute como facilitar a participação de acionistas que estão fora do bloco de controle nas assembléias das empresas abertas, realizadas, em sua maioria, de fevereiro a abril.
A associação propõe desde viabilizar o voto eletrônico à distância até padronizar os locais onde devem ser realizadas as assembléias. Hoje, os acionistas necessariamente têm de se reunir na cidade em que a empresa tem sua sede, o que implica o deslocamento para localidades de difícil acesso.
Outra proposta da Amec é criar um mecanismo que sirva para comprovar a titularidade de ações para os fundos de investimento.
A Amec cria grupos técnicos para estudar as operações com potencial de prejudicar os minoritários. Em princípio, aprovou a proposta da Telemar de comprar ações de seus preferencialistas.
Criada em junho do ano passado, a Amec já conta entre os associados com 85% dos fundos multimercados brasileiros. Participam da associação apenas pessoas jurídicas.
Segundo Edson Garcia, superintendente da Amec, o objetivo da entidade é zelar pelas boas práticas de gestão da indústria como um todo e não apenas representar os minoritários em casos particulares, como fazia a extinta Animec (Associação Nacional de Investidores do Mercado de Capitais), que até então representava os minoritários.
"O Brasil caminha para cada vez mais formar um mercado acionário robusto, com práticas éticas que garantam a confiança do investidor", disse.
A Amec criou um comitê para formular condutas éticas para os fundos e duas comissões permanentes para analisar assuntos jurídicos e operacionais de interesse do mercado.


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