São Paulo, domingo, 16 de maio de 2004

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SONHO FRUSTRADO

Desemprego surpreende engenheiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Formado pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1971, o engenheiro civil Amado Gabriel da Silva é o retrato de uma época em que a idéia de retração da economia era inconcebível.
Recém-saído da faculdade, pegou carona na avalanche de obras públicas realizadas ao longo dos anos 70: participou das construções da rodovia dos Bandeirantes (SP), da usina hidrelétrica de Itaipu (PR), da instalação de subestações elétricas no Norte.
Os anos passaram, planos econômicos se sucederam, o crescimento econômico não se sustentou e Silva foi pego de surpresa pelas falências de empreiteiras nas quais trabalhava.
Hoje, aos 57 anos, tem duas ocupações: comercializa um software que criou para obras e é planejador de uma construtora.
"Eu nunca tive receio do desemprego. Não acreditava que iria acontecer o que aconteceu", afirma o engenheiro.
Com 33 anos de contribuição ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), está a dois anos da aposentadoria.
Ele critica a reforma previdenciária. "Foi uma brincadeira o que aconteceu. Aquele sonho de descansar não existe mais."



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