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Não há limites para as reservas, afirma Meirelles
MAELI PRADO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
No dia em que o dólar caiu
abaixo de R$ 2, o presidente
do Banco Central, Henrique
Meirelles, reafirmou que a
autoridade monetária não
tem política cambial, mas declarou que não permitirá distorções de preços e que não
há limites para o acúmulo de
reservas internacionais.
"O BC intervém sempre
que acha que existem distorções de preços e visa também
corrigir excessos. Não permitiremos que haja excesso
no mercado ou que as cotações se distanciem muito daquelas indicadas pelos fundamentos econômicos."
Ao mesmo tempo, reafirmou que o BC não tem "meta
de câmbio". "Não há dúvidas
que o Brasil está em momento extremamente favorável
[...]. O BC não tem metas de
câmbio, como foi enfatizado
não só pelo presidente como
pelo ministro da Fazenda e
pelo Banco Central", afirmou ontem, ao ser questionado se o BC poderia começar a controlar o câmbio pela
redução de juros.
Antes de participar do 19º
Fórum Nacional, Meirelles
defendeu a intervenção do
BC em casos de distorção no
mercado, afirmando que é
política de autoridades monetárias de vários países. "O
BC se dá ao direito, como
qualquer outro Banco Central, de intervir em mercados
em que haja distorções".
Algumas horas antes, durante o almoço de posse da
nova presidência da Associação e Sindicato dos Bancos
do Rio de Janeiro, o presidente do BC havia afirmado
que não há limites para a
acumulação de reservas internacionais.
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