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Gargalo com exportação derruba dólar
DA REPORTAGEM LOCAL
Um gargalo no financiamento às exportações, que
tem hoje um dos juros
mais baratos do Brasil, estimula o acúmulo de excedente de dólares nos bancos e valoriza o real.
Esse excedente de dólares nos bancos, que de janeiro a abril somou US$
28,122 bilhões, se forma,
entre outros fatores, na
medida em que o exportador converte o que é apenas um contrato de exportação em reais.
Com taxas entre 6% e
9% ao ano, esse juro para
os exportadores se tornou
uma fonte barata de dinheiro para financiar a
produção, enquanto as taxas efetivamente pagas
pelas empresas estão na
casa de 20% ao ano.
"Mais do que a taxa Selic, esse diferencial de juros explica por que o dólar
não cai. E o artifício é utilizado em operações entre
multinacionais, da filial
para a matriz", afirma
Emílio Garofalo, ex-diretor do BC, atualmente na
corretora EBS.
De janeiro a abril, o comércio exterior trouxe ao
Brasil US$ 30,465 bilhões.
Somado a outros dólares
dos bancos, resulta na
maior enxurrada de moeda estrangeira já vista.
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