São Paulo, quarta-feira, 16 de maio de 2007

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Gargalo com exportação derruba dólar

DA REPORTAGEM LOCAL

Um gargalo no financiamento às exportações, que tem hoje um dos juros mais baratos do Brasil, estimula o acúmulo de excedente de dólares nos bancos e valoriza o real.
Esse excedente de dólares nos bancos, que de janeiro a abril somou US$ 28,122 bilhões, se forma, entre outros fatores, na medida em que o exportador converte o que é apenas um contrato de exportação em reais.
Com taxas entre 6% e 9% ao ano, esse juro para os exportadores se tornou uma fonte barata de dinheiro para financiar a produção, enquanto as taxas efetivamente pagas pelas empresas estão na casa de 20% ao ano.
"Mais do que a taxa Selic, esse diferencial de juros explica por que o dólar não cai. E o artifício é utilizado em operações entre multinacionais, da filial para a matriz", afirma Emílio Garofalo, ex-diretor do BC, atualmente na corretora EBS.
De janeiro a abril, o comércio exterior trouxe ao Brasil US$ 30,465 bilhões. Somado a outros dólares dos bancos, resulta na maior enxurrada de moeda estrangeira já vista.


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