|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MP investiga lavagem de dinheiro no IPVA
Empresários suspeitos serão alvo de promotores
FÁTIMA FERNANDES
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Gaeco (Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime
Organizado) do Ministério Público de São Paulo investigará
empresários envolvidos na suposta fraude do IPVA por suspeita de lavagem de dinheiro.
A investigação será feita por
promotores de ao menos três
Estados -São Paulo, Paraná e
Tocantins-, em continuidade
à operação Rosa Negra, que
identificou 326 locadoras de
veículos paulistas que forneceram endereços falsos para fugir
do pagamento de IPVA. Juntas,
deixaram de recolher R$ 1,1 bilhão de IPVA e ICMS à Fazenda
paulista nos últimos três anos.
Em São Paulo, a alíquota do
imposto é de 4%. No Paraná, é
1% para carros de frota e, no
Tocantins, de 1% a partir do segundo ano. No primeiro, é zero.
"Estamos transformando o
procedimento investigatório
em inquérito policial na Delegacia Fazendária da Polícia. Os
empresários serão indiciados
por sonegação fiscal e falsidade
ideológica", disse o promotor
Arthur Lemos, do Gaeco.
No Paraná foram presos 14
despachantes acusados de fornecer endereços de seus escritórios, da casa de familiares e
amigos para simular endereços
de filiais das locadoras. Além de
falsidade ideológica, devem ser
indiciados por formação de
quadrilha. No Tocantins, foi
preso um dos sócios do despachante Rosa Negra, que deu nome à ação. Foram apreendidos
um Mercedes-Benz, uma máquina de fabricar placas de carros e R$ 82 mil com um dos sócios, que teriam ligação com
despachantes de Curitiba.
A Folha não localizou ontem
os representantes legais dos
sócios do Rosa Negra.
Em São Paulo, foram apreendidos 5.000 certificados de registro e licenciamento de veículos em 26 empresas alvo da
operação da Fazenda, além de
15 carros não-emplacados, cujas notas fiscais indicavam que
estavam destinados ao Paraná.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: Outro lado: Associação de locadoras repudia ação Índice
|