São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 2008

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Brics querem fazer aliança para ampliar poder

DA BLOOMBERG

Os países do chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) já estudam formar uma aliança política.
Hoje, as quatro maiores economias emergentes promovem um encontro entre seus ministros das Relações Exteriores em Yekaterimburgo, na Rússia. Na agenda estão questões como proliferação de armas, contraterrorismo, energia e clima.
No ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) combinado dessas quatro nações representou 12% da riqueza mundial, uma alta em relação aos 8% registrados em 2000, de acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
"Realmente é um grupo que primeiro existia como um conceito na cabeça dos analistas e, subseqüentemente, veio a existir como uma prática entre esses países", disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. "A reunião é o reconhecimento do fato de que somos quatro grandes economias, com uma vasta influência no mundo."

Cenário
A expectativa do FMI é que a China, o país mais populoso do mundo, ultrapasse a Alemanha, tornando-se a terceira economia mundial este ano. Já a Rússia, que registra crescimento econômico há dez anos consecutivos, é o maior exportador mundial de energia. A Índia, por sua vez, é a maior democracia do mundo.
Os ministros do Bric já se reuniram na Assembléia Geral da ONU em 2006 e 2007. "Além do front econômico, o Bric pode se mostrar como um contrapeso crescente à hegemonia dos EUA nos assuntos globais", disse Win Thin, analista do Brown Brothers Harriman & Co.
A Rússia quer que o Bric se torne um "fator marcante de diplomacia multilateral", afirmou em nota o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Boris Malakhov.


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