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Brics querem fazer aliança para ampliar poder
DA BLOOMBERG
Os países do chamado Bric
(Brasil, Rússia, Índia e China) já estudam formar uma
aliança política.
Hoje, as quatro maiores
economias emergentes promovem um encontro entre
seus ministros das Relações
Exteriores em Yekaterimburgo, na Rússia. Na agenda
estão questões como proliferação de armas, contraterrorismo, energia e clima.
No ano passado, o PIB
(Produto Interno Bruto)
combinado dessas quatro
nações representou 12% da
riqueza mundial, uma alta
em relação aos 8% registrados em 2000, de acordo com
o FMI (Fundo Monetário Internacional).
"Realmente é um grupo
que primeiro existia como
um conceito na cabeça dos
analistas e, subseqüentemente, veio a existir como
uma prática entre esses países", disse o ministro das Relações Exteriores, Celso
Amorim. "A reunião é o reconhecimento do fato de que
somos quatro grandes economias, com uma vasta influência no mundo."
Cenário
A expectativa do FMI é
que a China, o país mais populoso do mundo, ultrapasse
a Alemanha, tornando-se a
terceira economia mundial
este ano. Já a Rússia, que registra crescimento econômico há dez anos consecutivos,
é o maior exportador mundial de energia. A Índia, por
sua vez, é a maior democracia do mundo.
Os ministros do Bric já se
reuniram na Assembléia Geral da ONU em 2006 e 2007.
"Além do front econômico, o
Bric pode se mostrar como
um contrapeso crescente à
hegemonia dos EUA nos assuntos globais", disse Win
Thin, analista do Brown Brothers Harriman & Co.
A Rússia quer que o Bric se
torne um "fator marcante de
diplomacia multilateral",
afirmou em nota o porta-voz
do Ministério das Relações
Exteriores da Rússia, Boris
Malakhov.
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