|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CORRENDO POR FORA
Embarques de carne e frutas aumentam
Governo tem setores considerados estratégicos
da Sucursal de Brasília
Apesar da queda nas exportações em 38 setores-chave da economia, como o automotivo, o
Brasil conseguiu aumentar seus
embarques de aviões, de frutas,
de carne bovina, de cachaça e de
outros 12 segmentos produtivos
que compõem o PEE (Programa
Especial de Exportações) no primeiro trimestre do ano.
O conjunto dos 16 setores do
PEE que tiveram crescimento
nas exportações nos primeiros
três meses de 99 respondeu por
30,51% do total embarcado pelo
país no período.
Coordenado pela Camex (Câmara de Comércio Exterior), o
PEE é um programa criado no
ano passado com a finalidade de
promover as exportações dos setores considerados prioritários
pelo governo.
Nele, participam os órgãos do
governo ligados ao comércio exterior e as empresas privadas.
Basicamente, os produtos que
tiveram aumento nos embarques
no primeiro trimestre, em relação a igual período de 98, são os
que conquistaram mercados em
uma época de restrição na demanda mundial, de queda nos
preços das commodities e de desequilíbrio na taxa de câmbio no
Brasil.
Produtos como as carnes bovina e de frango foram favorecidos
pelo aumento dos seus preços no
mercado internacional.
Os embarques do primeiro
cresceram 47,1% e foram destinados principalmente para o
Reino Unido, os Estados Unidos,
a Holanda e a Itália.
As exportações de carne de
frango cresceram 13,2%. O produto teve como destinos mais
importantes a Arábia Saudita e o
Japão.
Agrícolas crescem
Outros setores, como o complexo soja e o café, navegaram
contra a corrente: aumentaram
os embarques em 26,5% e em
15,3%, respectivamente, mesmo
com a queda nas suas cotações
no mercado internacional.
O preço do café caiu 46,35% no
período, mas o produto brasileiro foi comprado principalmente
pelos EUA, Alemanha, Itália e Japão. O complexo soja foi vendido
para a Holanda, o Irã, a França e
outros países.
Produto essencialmente nacional, a cachaça foi exportada principalmente para a Alemanha, o
Paraguai e o Equador.
Os embarques cresceram nada
menos que 44,5% e elevaram a
aguardente à condição de quarto
produto em desempenho de exportação do PEE.
O destaque, entretanto, ficou
para o aumento de 54,25% nas
exportações da indústria aeronáutica -basicamente, de
aviões da Embraer.
Produtos mais elaborados, as
aeronaves foram destinadas aos
Estados Unidos e à França.
Esses dois mercados contam
com fortes indústrias do mesmo
setor.
(DCM)
Texto Anterior: Comércio Exterior: Exportação não reage com desvalorização Próximo Texto: Objetivo do governo está ameaçado Índice
|