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Objetivo do
governo está
ameaçado
da Sucursal de Brasília
A aceleração da atividade econômica do país prevista para o segundo semestre deverá repercutir negativamente nas exportações, na
avaliação da Camex.
A Folha apurou que outros setores do governo não esperam um
superávit comercial maior que
US$ 4 bilhões neste ano, embora o
presidente Fernando Henrique
Cardoso tenha mencionado o saldo positivo de US$ 7 bilhões.
Os mesmos setores também já
descartaram a possibilidade de o
país atingir a única meta definida
para o comércio exterior: alcançar
US$ 100 bilhões em embarques no
ano 2002.
"Se houver aumento ainda maior
da atividade econômica no segundo semestre, as exportações tenderão a cair ainda mais. Os produtores se voltarão completamente para o abastecimento do mercado interno", afirma Botafogo.
Os números do segundo semestre tendem a apontar leve crescimento nos embarques, "sem grandes saltos", segundo Botafogo. Esse aumento, entretanto, será pouco significativo porque o desempenho das exportações no mesmo
período do ano passado foi considerado medíocre, completa José
Augusto de Castro, diretor da AEB.
Nos cálculos da consultoria A. C.
Pastore & Associados, os embarques deverão somar apenas US$ 48
bilhões neste ano. Ou seja, seriam
6,1% inferiores aos US$ 51,1 bilhões registrados em 98. Em comparação com o total de 97, de US$
52,9 bilhões, a queda seria de 9,4%.
A queda de cerca de 28% nas importações, que deverão somar de
US$ 41 bilhões a US$ 42 bilhões, seria suficiente para assegurar um
superávit na balança comercial de
US$ 5 bilhões a US$ 7 bilhões, conforme a mesma consultoria.
A Camex se esquiva da tarefa de
apresentar estimativas antes do segundo semestre. Mas insiste que a
meta de US$ 100 bilhões em importações "ainda pode ser alcançada em 2002".
Na opinião do diretor da AEB, "é
impossível".
(DCM)
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