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DRAMA URBANO
Para o grupo Soweto
Sei que vocês não têm nada a ver
com a situação patética que o Brasil está passando (...). Mas sei que, quando nos calamos, somos covardes e piores do
que aqueles políticos safados que
estão levando o país a essa loucura.
(...) Vocês, com seu enorme carisma e poder de falar na mídia, podem ajudar a mim e outras pessoas
a ter nossa dignidade de volta. Falem com o meio artístico para que
todos juntos formem uma corrente, e os governantes ouçam os gritos do povo e os meus.
Meu pai lutou a vida inteira para
dar boa educação aos filhos. Conseguiu, com muita batalha, pagar a
faculdade para que eu não sofresse
o que ele sofreu. Agora me vejo
formada, sonho realizado de ser
uma pedagoga. Para quê? Me submeter a subemprego, a não ter o
trabalho reconhecido. Eu sou uma
profissional. Não tirei meu diploma em nenhuma banca de jornal.
Fui todos os dias na faculdade. (...)
Sabe, eu quero ser alguém na vida; de preferência, eu mesma.
Falem por mim."
Margarete de Oliveira, 26, está dsempregada a nove dias. Filha de um PM, é paulistana, solteira e se formou em pedagogia
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