São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2004

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PRODUÇÃO

Segundo IBGE, 11 das 14 regiões pesquisadas registraram crescimento em abril; veículos e eletrodomésticos lideram alta

Consumo estimula indústria nos Estados

DA SUCURSAL DO RIO

Em abril, a produção da indústria cresceu em 11 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na comparação com o mesmo mês de 2003. Em março, todas as áreas haviam tido expansão.
Sob o efeito do bom desempenho de bens duráveis (veículos e eletrodomésticos), o crescimento no período foi liderado pelos Estados do Amazonas (13,8%) e de São Paulo (10,7%).
Embora a expansão tenha sido menos generalizada em abril, o IBGE informou que a reação da indústria continua. Segundo o instituto, o dado de março foi afetado pelo chamado "efeito calendário" -em 2003, o Carnaval caiu naquele mês, reduzindo o número de dias úteis. No indicador acumulado do ano, argumenta o IBGE, 13 das 14 regiões registram desempenho positivo.
De acordo com a economista Denise Cordovil, do Departamento de Indústria do IBGE, mais setores estão crescendo, o que indica que a expansão não está mais restrita aos ramos ligados às exportações e à agroindústria.
É o caso, segundo ela, dos bens duráveis e de capital (máquinas e equipamentos usados na fabricação de outros produtos), cuja produção está em alta por causa das melhores condições de crédito propiciadas pelo juro menor.
As duas categorias levaram Amazonas e São Paulo a registrar os crescimentos mais vigorosos. Sustentada por veículos automotores (alta de 37,3% em abril) e máquinas e equipamentos (22,9%), a produção da indústria paulista cresceu pelo sexto mês consecutivo. No ano, a produção industrial em São Paulo acumula uma expansão de 8,4%.
No Amazonas, o destaque é o setor de eletrônicos e material de comunicação (33% em abril), especialmente por causa da maior fabricação de televisores e telefones celulares. No acumulado de 2004, a indústria do Estado registra uma alta de 15,7%, a maior entre as áreas pesquisadas.
Segundo Cordovil, os produtos que têm incentivado a produção da indústria também são exportados, mas seu principal destino é o mercado interno, o que sinaliza uma recuperação do consumo doméstico. Ela citou o exemplo dos veículos.
Por causa da parada programada de plataformas de extração de petróleo para manutenção, o Estado do Rio teve o pior desempenho entre as regiões pesquisadas. A produção da indústria fluminense caiu 4% em relação a abril de 2003. No ano, é a única área com queda (1,1%).


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