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PRODUÇÃO
Segundo IBGE, 11 das 14 regiões pesquisadas registraram crescimento em abril; veículos e eletrodomésticos lideram alta
Consumo estimula indústria nos Estados
DA SUCURSAL DO RIO
Em abril, a produção da indústria cresceu em 11 das 14 regiões
pesquisadas pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) na comparação com o mesmo
mês de 2003. Em março, todas as
áreas haviam tido expansão.
Sob o efeito do bom desempenho de bens duráveis (veículos e
eletrodomésticos), o crescimento
no período foi liderado pelos Estados do Amazonas (13,8%) e de
São Paulo (10,7%).
Embora a expansão tenha sido
menos generalizada em abril, o
IBGE informou que a reação da
indústria continua. Segundo o
instituto, o dado de março foi afetado pelo chamado "efeito calendário" -em 2003, o Carnaval
caiu naquele mês, reduzindo o
número de dias úteis. No indicador acumulado do ano, argumenta o IBGE, 13 das 14 regiões registram desempenho positivo.
De acordo com a economista
Denise Cordovil, do Departamento de Indústria do IBGE, mais setores estão crescendo, o que indica que a expansão não está mais
restrita aos ramos ligados às exportações e à agroindústria.
É o caso, segundo ela, dos bens
duráveis e de capital (máquinas e
equipamentos usados na fabricação de outros produtos), cuja produção está em alta por causa das
melhores condições de crédito
propiciadas pelo juro menor.
As duas categorias levaram
Amazonas e São Paulo a registrar
os crescimentos mais vigorosos.
Sustentada por veículos automotores (alta de 37,3% em abril) e
máquinas e equipamentos
(22,9%), a produção da indústria
paulista cresceu pelo sexto mês
consecutivo. No ano, a produção
industrial em São Paulo acumula
uma expansão de 8,4%.
No Amazonas, o destaque é o
setor de eletrônicos e material de
comunicação (33% em abril), especialmente por causa da maior
fabricação de televisores e telefones celulares. No acumulado de
2004, a indústria do Estado registra uma alta de 15,7%, a maior entre as áreas pesquisadas.
Segundo Cordovil, os produtos
que têm incentivado a produção
da indústria também são exportados, mas seu principal destino é o
mercado interno, o que sinaliza
uma recuperação do consumo
doméstico. Ela citou o exemplo
dos veículos.
Por causa da parada programada de plataformas de extração de
petróleo para manutenção, o Estado do Rio teve o pior desempenho entre as regiões pesquisadas.
A produção da indústria fluminense caiu 4% em relação a abril
de 2003. No ano, é a única área
com queda (1,1%).
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