São Paulo, sábado, 16 de junho de 2007

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Atraso em licença ambiental atrapalha 65% das empresas

CNI mostra que 79,3% das que pediram licenciamento enfrentaram demora

Em comparação à última pesquisa do tipo, de 2005, houve alta de 5,7 pontos no percentual de empresas que passaram por problema

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

A demora na análise de processos é o principal problema enfrentado pelas empresas que necessitam de licenciamento ambiental. Das que já precisaram dessas autorizações, 79,3% passaram por algum tipo de empecilho que atrasou o processo, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), que apontou uma elevação de 5,7 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, realizado em 2005.
De acordo com o levantamento, 84% das empresas pesquisadas já precisaram de licenciamento ambiental. Dessas, 79,3% tiveram algum tipo de problema -ou mais de 65% do total da amostra.
Além na demora na análise do processo, apontado como problema por 66,9% dos que já precisaram de licenciamento, os custos com investimentos necessários para atender às normais ambientais também foi criticado (52%).
Em terceiro, foi mencionada a dificuldade em identificar os critérios técnicos. Em seguida, aparece o custo para a elaboração do projeto (39%) e a dificuldade para encontrar especialistas (15,6%).
O total ultrapassa 100% porque nessa pesquisa os entrevistados podiam assinalar mais de um problema.
A pesquisa mostra ainda que neste ano 75,5% das empresas adotaram, no planejamento, a inclusão de procedimentos gerenciais associados à gestão ambiental. Há dois anos o percentual de empresas que investiam em gestão ambiental era de 73,9%.

Por setor
Entre os setores industriais, os que mais enfrentam dificuldades para conseguir a licença ambiental são as atividades ligadas à produção de álcool (100%) e refino de petróleo (90,9%). A situação também é complicada para o segmento de minerais não-metálicos. Das empresas desse setor que já precisaram de licença, 90,1% enfrentaram algum problema.
O boletim "Sondagem Especial" da CNI foi realizado entre os dias 30 de março e 20 de abril com 818 pequenas empresas, 438 médias e 235 de grande porte.


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