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RETOMADA
Segundo o instituto, expansão da indústria no primeiro semestre chegará a 8,2% em relação ao mesmo período de 2003
Produção cresce 2,7% em junho, estima Ipea
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dados do Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada)
mostram que a produção industrial em junho cresceu 2,7% em
relação a maio. De acordo com o
Indicador Ipea, elaborado a partir
de indicadores na produção de
papel ondulado, aço bruto e veículos, o primeiro semestre do ano
apresentou expansão de 8,2% na
comparação com os primeiros
seis meses de 2003.
Trata-se da maior variação neste tipo de comparação desde o
primeiro semestre de 1995, afirma
o Boletim de Conjuntura do Ipea.
Ainda segundo o Indicador Ipea,
os dados de junho apontam para
um crescimento da produção industrial de 16,9% na comparação
com o mesmo mês de 2003.
O boletim destaca que a expansão da indústria tem mostrado reflexos no mercado de trabalho.
Segundo levantamento da Fiesp
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), cita o boletim,
no primeiro semestre foram criados 30 mil postos de trabalho.
De acordo com a Funcex (Fundação de Comércio Exterior), as
vendas externas cresceram 12,6%
no semestre, impulsionadas pelas
vendas de bens de capital (34,2%)
e duráveis (36,2%).
Compasso
Na área agrícola, apesar da quebra na safra de grãos, a agropecuária deve fechar com uma expansão de 5,1% neste ano, o terceiro consecutivo nessa magnitude, permitindo elevados níveis de
produção de tratores e máquinas
agrícolas (23,4%) e defensivos
agrícolas (6,8%), afirma o Boletim
de Conjuntura.
No mesmo compasso da expansão da produção industrial, vêm
sendo registrados aumentos do
uso da capacidade instalada e das
vendas reais. Segundo a CNI
(Confederação Nacional da Indústria), o grau de utilização da
capacidade, ajustado sazonalmente, vem apresentando seguidas altas, aproximando-se do pico
histórico da série -81,7% em janeiro de 2001. Em maio esse indicador atingiu 81,6%.
A Sondagem Conjuntural da
FGV (Fundação Getúlio Vargas)
mostra que os maiores níveis vêm
sendo observados nas fábricas de
bens intermediários, mas os bens
de capital vêm registrando o crescimento mais intensivo.
O boletim ainda cita o bom
comportamento do comércio varejista, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada
com dados de maio. A trajetória
de crescimento, que se iniciou no
segundo semestre do ano passado, vem sendo mantida. Em termos dessazonalizados, o crescimento foi de 0,8% em relação ao
mês anterior e de 10% na comparação com maio do ano passado.
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