São Paulo, sexta-feira, 16 de julho de 2004

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RETOMADA

Segundo o instituto, expansão da indústria no primeiro semestre chegará a 8,2% em relação ao mesmo período de 2003

Produção cresce 2,7% em junho, estima Ipea

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostram que a produção industrial em junho cresceu 2,7% em relação a maio. De acordo com o Indicador Ipea, elaborado a partir de indicadores na produção de papel ondulado, aço bruto e veículos, o primeiro semestre do ano apresentou expansão de 8,2% na comparação com os primeiros seis meses de 2003.
Trata-se da maior variação neste tipo de comparação desde o primeiro semestre de 1995, afirma o Boletim de Conjuntura do Ipea. Ainda segundo o Indicador Ipea, os dados de junho apontam para um crescimento da produção industrial de 16,9% na comparação com o mesmo mês de 2003.
O boletim destaca que a expansão da indústria tem mostrado reflexos no mercado de trabalho. Segundo levantamento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), cita o boletim, no primeiro semestre foram criados 30 mil postos de trabalho.
De acordo com a Funcex (Fundação de Comércio Exterior), as vendas externas cresceram 12,6% no semestre, impulsionadas pelas vendas de bens de capital (34,2%) e duráveis (36,2%).

Compasso
Na área agrícola, apesar da quebra na safra de grãos, a agropecuária deve fechar com uma expansão de 5,1% neste ano, o terceiro consecutivo nessa magnitude, permitindo elevados níveis de produção de tratores e máquinas agrícolas (23,4%) e defensivos agrícolas (6,8%), afirma o Boletim de Conjuntura.
No mesmo compasso da expansão da produção industrial, vêm sendo registrados aumentos do uso da capacidade instalada e das vendas reais. Segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o grau de utilização da capacidade, ajustado sazonalmente, vem apresentando seguidas altas, aproximando-se do pico histórico da série -81,7% em janeiro de 2001. Em maio esse indicador atingiu 81,6%.
A Sondagem Conjuntural da FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostra que os maiores níveis vêm sendo observados nas fábricas de bens intermediários, mas os bens de capital vêm registrando o crescimento mais intensivo.
O boletim ainda cita o bom comportamento do comércio varejista, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada com dados de maio. A trajetória de crescimento, que se iniciou no segundo semestre do ano passado, vem sendo mantida. Em termos dessazonalizados, o crescimento foi de 0,8% em relação ao mês anterior e de 10% na comparação com maio do ano passado.


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