São Paulo, sexta-feira, 16 de julho de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Mais café no mundo
A produção mundial de café da safra 2004/05 deverá crescer 10,5% em relação à safra anterior, para 112 milhões de sacas, segundo estimativa da OIC (Organização Internacional do Café). No Brasil, segundo a Conab, a safra do grão deve ficar entre 36,1 milhões e 40,5 milhões de sacas, acima da safra 2003/04, de 28,8 milhões.

Sem geadas no Brasil
Segundo o diretor-geral da OIC, o colombiano Nestor Osorio, a ausência de geadas no Brasil, o maior produtor mundial de café, freou a forte alta dos preços registrada em maio e no início de junho. "Ainda existe a possibilidade de geada no Brasil, porque o inverno no hemisfério começou em junho e vai se estender até agosto. Entretanto, o mercado parece descartar essa possibilidade", segundo Osorio.

Arábica X robusta
A produção mundial do café arábica da safra 2003/04 foi de 68,1 milhões de sacas, uma queda de 15,7% em relação à safra anterior. A produção do robusta teve queda ainda maior, de 17,2%, para 33,2 milhões de sacas. Segundo a OIC, a participação do café arábica na produção mundial do grão passou de 66,8% para 67,2%.

Crescem recursos do BB
O volume de recursos a serem aplicados pelo Banco do Brasil na safra 2004/05 vai alcançar R$ 25,5 bilhões, um aumento de 24% em relação à safra anterior. Desse total R$ 4,1 bilhões serão destinados à agricultura familiar, e R$ 21,4 bilhões, à agricultura empresarial. Os recursos destinados a investimento foram os que mais cresceram (63,9%). Já os para comercialização tiveram queda de 15,9%.

A queda da soja...
A ausência da China no mercado de soja, que há mais de 60 dias parou de importar o grão, e o clima favorável nas lavouras dos Estados Unidos têm derrubado o preço do produto, segundo Fernando Muraro, da AgRural.

...no mercado externo...
Ontem, na Bolsa de Chicago, o primeiro contrato de soja caiu 3,8%, para US$ 7,51 por bushel. Neste mês, a queda já é de 16%. As importações da China representam 30% da produção mundial. Segundo Muraro, as atenções agora vão voltar-se para o clima nas lavouras norte-americanas.

...e no mercado interno
O mercado interno, como o externo, registra poucas negociações de soja. A saca de 60 quilos atingiu seu preço mínimo no interior de São Paulo e chegou a ser negociada a R$ 34,80. Ontem, segundo pesquisa da Folha, o preço médio da oleaginosa teve queda de 2,6%. Neste mês, a retração já é de 9%.

Pressão da China
A pressão chinesa -barrar carregamentos e parar com as importações- é por menores preços, afirma um gerente de cooperativa do Paraná.

Produção de álcool
O presidente do BNDES, Carlos Lessa, afirmou ontem, no Simtec 2004, que "acredita que a produção de álcool e açúcar deverá crescer cerca de 50% no país no prazo de dois anos". Segundo ele, o primeiro indício para o crescimento do setor é o aumento de consumo com a elevação das vendas de automóveis bicombustíveis.

E-mail: akianek@folhasp.com.br

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