São Paulo, sexta-feira, 16 de julho de 2004

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INDICADORES

Inflação no atacado também cai, e fôlego da retomada é questionado

Produção industrial recua nos EUA

DA REDAÇÃO

Indicadores divulgados ontem suscitaram dúvidas sobre o fôlego da recuperação da economia americana. A produção industrial e os preços no atacado caíram em junho, surpreendendo o mercado, para quem esses sinais podem levar o Federal Reserve (o BC americano) a ser mais conservador ao decidir os juros.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) recuou 0,3% em junho, a maior queda em 13 meses, puxado por retrações em alimentos e energia. Em maio, o índice havia registrado alta de 0,8%. Alguns analistas atribuíram a queda também ao enfraquecimento da demanda.
Em outro relatório, o Fed divulgou que a produção industrial caiu 0,3% em junho ante o mês anterior, quando o índice havia sido positivo em 0,9%. Foi a maior redução desde abril de 2003.
Na quarta-feira, o governo já havia anunciado que as vendas no varejo caíram 1,1% em junho.
"Sim, tivemos uma pausa na atividade em junho", disse Kathleen Stephansen, economista do CSFB em Nova York. "Houve uma desaceleração da economia e uma inflação muito moderada, que enfatizam a posição gradualista de alta de juros pelo Fed."
Já a utilização da capacidade instalada das fábricas diminuiu de 77,6% maio para 77,2% em junho. A maioria dos economistas esperava que a utilização crescesse para 77,7% e que a produção industrial não registrasse alteração no mês passado.
Alguns analistas, no entanto, não se mostraram tão preocupados com a perda de ritmo. Jerry Jasinowski, presidente da NAM (associação que reúne as empresas manufatureiras dos EUA), classificou a redução da atividade industrial como "um previsível respiro após o crescimento robusto dos meses anteriores".
Em outro relatório divulgado ontem, o governo afirmou que os novos pedidos de seguro-desemprego subiram de 309 mil para 349 mil na semana passada.
"Os pedidos aumentaram apenas em 40 mil. Os números nesta época do ano são suspeitos devido às paralisações nas fábricas de automóveis para reorganização. O mercado de trabalho está bom. Não ótimo, mas bom", disse Cary Leahey, economista-sênior do Deutsche Bank Securities.
Já os estoques subiram 0,4% em maio, ante aumento de 0,7% em abril, sinal positivo em relação à demanda no varejo.


Com agências internacionais

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