|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INDICADORES
Inflação no atacado também cai, e fôlego da retomada é questionado
Produção industrial recua nos EUA
DA REDAÇÃO
Indicadores divulgados ontem
suscitaram dúvidas sobre o fôlego
da recuperação da economia
americana. A produção industrial
e os preços no atacado caíram em
junho, surpreendendo o mercado, para quem esses sinais podem
levar o Federal Reserve (o BC
americano) a ser mais conservador ao decidir os juros.
O índice de preços ao produtor
(PPI, na sigla em inglês) recuou
0,3% em junho, a maior queda em
13 meses, puxado por retrações
em alimentos e energia. Em maio,
o índice havia registrado alta de
0,8%. Alguns analistas atribuíram
a queda também ao enfraquecimento da demanda.
Em outro relatório, o Fed divulgou que a produção industrial
caiu 0,3% em junho ante o mês
anterior, quando o índice havia sido positivo em 0,9%. Foi a maior
redução desde abril de 2003.
Na quarta-feira, o governo já
havia anunciado que as vendas no
varejo caíram 1,1% em junho.
"Sim, tivemos uma pausa na atividade em junho", disse Kathleen
Stephansen, economista do CSFB
em Nova York. "Houve uma desaceleração da economia e uma
inflação muito moderada, que enfatizam a posição gradualista de
alta de juros pelo Fed."
Já a utilização da capacidade
instalada das fábricas diminuiu
de 77,6% maio para 77,2% em junho. A maioria dos economistas
esperava que a utilização crescesse para 77,7% e que a produção
industrial não registrasse alteração no mês passado.
Alguns analistas, no entanto,
não se mostraram tão preocupados com a perda de ritmo. Jerry
Jasinowski, presidente da NAM
(associação que reúne as empresas manufatureiras dos EUA),
classificou a redução da atividade
industrial como "um previsível
respiro após o crescimento robusto dos meses anteriores".
Em outro relatório divulgado
ontem, o governo afirmou que os
novos pedidos de seguro-desemprego subiram de 309 mil para
349 mil na semana passada.
"Os pedidos aumentaram apenas em 40 mil. Os números nesta
época do ano são suspeitos devido às paralisações nas fábricas de
automóveis para reorganização.
O mercado de trabalho está bom.
Não ótimo, mas bom", disse Cary
Leahey, economista-sênior do
Deutsche Bank Securities.
Já os estoques subiram 0,4% em
maio, ante aumento de 0,7% em
abril, sinal positivo em relação à
demanda no varejo.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Linha branca verde-amarela: Produto brasileiro domina lojas Próximo Texto: Commodities: Opep elevará produção em agosto Índice
|