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Valorização do euro
preocupa argentinos
ROGERIO WASSERMANN
DE BUENOS AIRES
A valorização do euro em relação ao dólar nas últimas semanas
vem trazendo mais uma dor de
cabeça ao governo argentino. Se a
moeda européia seguir seu atual
ritmo de valorização, alcançaria a
cotação de US$ 1 em novembro,
quando então poderia entrar em
vigor a chamada lei da conversibilidade ampliada -o peso passaria a ser cotado pela média entre
um dólar e um euro.
Anunciada em abril pelo ministro da Economia, Domingo Cavallo, como uma medida para fortalecer a competitividade dos produtos de exportação argentinos, a
medida criou mais dúvidas do
que otimismo. Para muitos, a
conversibilidade ampliada tocou
num tabu -a paridade fixa entre
o peso e o dólar. Outra preocupação é que o euro poderia seguir se
valorizando em relação ao dólar
após a paridade, o que prejudicaria a competitividade argentina.
Comércio exterior
Desde a segunda quinzena de
junho a nova conversibilidade já é
aplicada ao comércio exterior argentino, por meio de uma taxa cobrada dos importadores e paga
aos exportadores equivalente à
diferença entre US$ 1 e a cotação
pela nova conversibilidade.
Quando a medida foi anunciada, cada euro valia US$ 0,86. A
moeda caiu a US$ 0,84 no início
de julho, para a partir daí começar
a se valorizar, por conta da desaceleração econômica dos EUA.
Ontem, um euro valia US$ 0,91.
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