São Paulo, quinta-feira, 16 de agosto de 2001

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Valorização do euro preocupa argentinos

ROGERIO WASSERMANN
DE BUENOS AIRES

A valorização do euro em relação ao dólar nas últimas semanas vem trazendo mais uma dor de cabeça ao governo argentino. Se a moeda européia seguir seu atual ritmo de valorização, alcançaria a cotação de US$ 1 em novembro, quando então poderia entrar em vigor a chamada lei da conversibilidade ampliada -o peso passaria a ser cotado pela média entre um dólar e um euro.
Anunciada em abril pelo ministro da Economia, Domingo Cavallo, como uma medida para fortalecer a competitividade dos produtos de exportação argentinos, a medida criou mais dúvidas do que otimismo. Para muitos, a conversibilidade ampliada tocou num tabu -a paridade fixa entre o peso e o dólar. Outra preocupação é que o euro poderia seguir se valorizando em relação ao dólar após a paridade, o que prejudicaria a competitividade argentina.

Comércio exterior
Desde a segunda quinzena de junho a nova conversibilidade já é aplicada ao comércio exterior argentino, por meio de uma taxa cobrada dos importadores e paga aos exportadores equivalente à diferença entre US$ 1 e a cotação pela nova conversibilidade.
Quando a medida foi anunciada, cada euro valia US$ 0,86. A moeda caiu a US$ 0,84 no início de julho, para a partir daí começar a se valorizar, por conta da desaceleração econômica dos EUA. Ontem, um euro valia US$ 0,91.



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