São Paulo, quinta-feira, 16 de agosto de 2001

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Impasse deixa governo do PR em estado de alerta

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O impasse na votação do projeto de iniciativa popular que impede a privatização da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) colocou a equipe do governador Jaime Lerner (PFL) em estado de alerta máximo ontem no Palácio Iguaçu.
A indecisão do quadro político -até anteontem o governo tinha como fato concreto a derrota da proposta contra a venda- poderá, na avaliação do grupo de Lerner, causar um caos nas contas públicas do Estado.
O secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, defende a tese de que só com a venda da empresa o Estado poderá recompor suas contas e investir em obras públicas.
Ele cita como exemplo das dificuldades financeiras do Estado o fato de o governo destinar, mensalmente, R$ 100 milhões para custear despesas com funcionários aposentados. O dinheiro da venda da Copel teria como principal destino capitalizar o fundo Paraná Previdência. Seriam necessários para isso, na avaliação de Guerra, R$ 2,5 bilhões.
O patrimônio estimado da Copel é de R$ 4,9 bilhões. O preço mínimo para a venda seria definido no dia 24.
Outro compromisso do governo do Paraná é o contrato assinado com o BC, quando da privatização do Banestado, de saldar as dívidas referentes a precatórios comprados pelo banco e que ficaram como dívida do governo do Estado.
Ao comprar o Banestado, o Itaú não assumiu dívida de R$ 440 milhões dos precatórios adquiridos pelo banco paranaense. Esses papéis, emitidos por Pernambuco, Santa Catarina, Alagoas e pelos municípios de Osasco e Guarulhos, terão que ser saldados no momento da venda da Copel.



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