São Paulo, quinta-feira, 16 de agosto de 2001

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Unibanco lucra R$ 431 mi no semestre

ESTELA CAPARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Seguindo a tendência dos principais concorrentes, o Unibanco apresentou um crescimento do lucro no primeiro semestre deste ano. O lucro líquido da instituição foi de R$ 431 milhões, um número 22,8% superior ao registrado no primeiro semestre de 2000.
Apesar de o resultado ser inferior aos de seus principais concorrentes, o retorno sobre o patrimônio líquido anualizado do Unibanco foi de 16,2%. É um percentual superior ao retorno médio do mercado, de 13,5%, segundo cálculo feito com 16 bancos pela ABM Consulting. O Bradesco e o Itaú tiveram no semestre lucros de R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, respectivamente.
O balanço semestral do Unibanco reflete, pela primeira vez, as consequências da compra do banco Bandeirantes e da financeira Fininvest, realizadas no final de 2000. As duas aquisições acentuaram o estilo varejista do banco, antes voltado para clientes com mais recursos e para grandes empresas. Como no varejo as margens são maiores, o banco foi beneficiado e ampliou suas receitas.
"Um das razões que explicam o aumento do lucro do banco é o crescimento da margem financeira com operações de crédito. A aquisição do Bandeirantes e da Fininvest contribuíram para esse resultado", afirma César Sizenando, vice-presidente do Unibanco.
Aos números. O resultado da intermediação financeira foi de R$ 1,6 bilhão no semestre, 22,8% superior ao do mesmo período do ano passado. A receita com prestação de serviços (tarifas) foi de R$ 1 bilhão, um aumento de 32,8% em comparação ao primeiro semestre de 2001.
O lucro também reflete o desempenho de empresas ligadas à instituição, segundo o vice-presidente do Unibanco. Juntos, os negócios de seguros, capitalização e leasing tiveram um faturamento de R$ 1 bilhão no semestre, um crescimento de 23% em relação ao mesmo período de 2000. O lucro das três empresas foi de R$ 106,3 milhões.
Mesmo atuando forte na área de crédito, o Unibanco também se beneficiou das operações no mercado financeiro. Dos R$ 56,6 bilhões de ativos do banco, R$ 24 bilhões eram operações de crédito, leasing e Adiantamentos de contratos de Câmbio. Outros R$ 13,7 bilhões eram títulos e valores mobiliárias. Os R$ 7,4 bilhões restantes são de aplicações financeiras de liquidez e mercado aberto.


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