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Na cela, Mansur rejeita "quentinha"
DA REPORTAGEM LOCAL
Ricardo Mansur passou o dia
de ontem sentado dentro de uma
das duas celas de cerca de 30 metros quadrados que ficam no subsolo do prédio da Polícia Federal
no bairro de Higienópolis, na região central de São Paulo.
A seu lado, no subsolo, estavam
ao menos 19 outros presos, entre
acusados de crimes como tráfico
de drogas, estelionato, além de estrangeiros à espera de extradição.
O ex-proprietário das redes
Mappin e Mesbla, que se apresentou à PF anteontem, só vai ter direito a visitas hoje à tarde -pelas
regras que valem para todos os
demais presos, as visitas só devem
ocorrer às quintas-feiras, das 14h
às 16h.
Amanhã será o dia de seu primeiro banho de sol -que pode
ser recusado por ele. A saída dos
presos até a área externa do prédio ocorre às segundas e sextas-feiras. Qualquer mudança nessa
rotina só pode ser feita por ordem
judicial.
Ontem, quarta-feira, como de
praxe, era o dia em que Mansur
teve permissão para fazer um único telefonema. Agentes da PF afirmaram que ele conversou com os
advogados.
O empresário praticamente não
comeu ontem -tomou café da
manhã, mas recusou a quentinha
servida no almoço. Comentou
com agentes da PF que estava sem
fome. Disse também que dormira
pouco.
No dia em que Mansur se apresentou à polícia, seu advogado,
Milton Rosenthal, afirmou que o
cliente ainda se recuperava de
pneumonia e apresentava sintomas de depressão. Segundo a PF,
o empresário não está usando
medicamentos. Nenhum exame
médico havia sido feito até ontem
à noite.
Mansur manteve a mesma calça
jeans que vestia quando se entregou à Polícia Federal, mas trocou
de camisa. Vestiu uma azul, no lugar da branca de manga comprida que usava na terça-feira.
A presença de Mansur no prédio da PF -e dos jornalistas que
acompanham o caso- despertou
a atenção de moradores do bairro
que passavam pela frente do edifício. Alguns pararam para saber se
o empresário estivera no pátio e se
já havia conseguido habeas corpus para sair de lá.
(JOSÉLIA AGUIAR)
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