|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MERCADO FINANCEIRO
Melhora no país vizinho faz operadores ignorarem mau resultado do PIB e levarem dólar a R$ 1,49
Calmaria na Argentina ajuda dólar a cair
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia menos atribulado na
Argentina ajudou a reduzir a cotação do dólar no Brasil. O mercado brasileiro continua "colado" às
oscilações na economia do país
vizinho. Ontem, o dólar caiu
1,03%, e a cotação da moeda norte-americana ficou em R$ 2,49.
Para operadores, havia ontem
sinais de que o cenário argentino
poderia melhorar. As reservas internacionais do sistema financeiro argentino pararam de cair e os
títulos da dívida externa subiram,
o que fez cair o risco-país.
O cenário mais tranquilo na Argentina e um relativo aumento no
ingresso de dólares no mercado
brasileiro ajudaram a derrubar a
cotação do dólar.
O mercado de câmbio chegou a
ignorar a divulgação do resultado
do PIB (Produto Interno Bruto)
trimestral, feita ontem. O PIB do
segundo trimestre caiu 0,99% em
relação aos três meses anteriores.
A redução do ritmo de atividade
da economia foi maior do que a
esperada pelos analistas.
Mesmo a Bovespa, que caiu
1,23%, não chegou a ser influenciada pelo mau resultado do PIB.
A Bolsa paulista fechou ontem em
13.658 pontos, com um volume
negociado de R$ 1 bilhão.
Foi um volume recorde para as
últimas semanas. A Bolsa raramente tem movimentado mais
que R$ 500 milhões.
Esse volume não foi resultado,
no entanto, de uma retomada de
negócios. Ontem venceram os
contratos futuros de índice Ibovespa e, tradicionalmente, o volume aumenta em dias de vencimento, com investidores vendendo e comprando ações na tentativa de levar o índice para um patamar mais favorável.
O Ibovespa também foi puxado
para baixo por conta das quedas
acentuadas das ações da Globo
Cabo e da Embraer. As ações preferenciais da Globo Cabo caíram
7,6%, e as da Embraer, 9,88%.
Estrangeiro volta
A Bovespa divulgou ontem a
evolução dos investimentos estrangeiros na Bolsa nos dez primeiros dias deste mês. No período, os estrangeiros compraram
R$ 1 bilhão em ações e venderam
R$ 924 milhões. O resultado positivo foi de R$ 134 milhões.
Se confirmada a tendência até o
final do mês, a Bolsa pode reverter
a tendência de saída dos estrangeiros. Neste ano, o saldo de investimentos estrangeiros foi negativo em fevereiro, março, junho
e julho.
Texto Anterior: Na cela, Mansur rejeita "quentinha" Próximo Texto: Medicina de grupo: MP dos planos de saúde vira projeto de lei Índice
|