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Furlan apela para que
empresário seja racional
VINICIUS ALBUQUERQUE
DA FOLHA ONLINE
O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) fez ontem
coro aos apelos do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e pediu a
empresários que não engavetem
planos de investimento devido à
crise política. Em pronunciamento na sede da Fecomercio SP (Federação do Comércio do Estado
de São Paulo), Furlan pediu racionalidade aos empresários e que
não se deixem afetar pelo "bombardeamento" de denúncias de
corrupção no governo.
"É importante que não haja esse
vínculo emocional de um momento delicado no campo político com as decisões racionais que
uma empresa precisa ter no campo econômico porque, no final,
essa turbulência seguramente vai
passar e as empresas continuarão", disse o ministro.
Em tom otimista, Furlan afirmou que a "situação geral da economia é muito sólida", que há
"números positivos em praticamente todos os segmentos", que
foram criados 3 milhões de empregos no governo Lula e que a
atração de investimentos estrangeiros continua firme.
Os empresários que ouviam
Furlan, entretanto, mostraram
preocupação com as condições de
governabilidade do país.
O presidente da Fecomercio,
Abram Szajman, afirmou que o
governo precisa "sinalizar à opinião pública" que o país atingiu
"maturidade política capaz de garantir a normalidade das relações
de produção mesmo com as graves turbulências" políticas no
país.
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