DA REPORTAGEM LOCAL

Os grevistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) poderão não concluir um bom acordo com o governo para voltar ao trabalho -provavelmente amanhã-, mas não perderão os dias parados e muito provavelmente não pagarão as multas impostas pela Justiça.
No primeiro caso, o acordo prevê que os servidores trabalharão duas horas a mais por dia (das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira) até que o fluxo de atividades esteja normalizado.
Além disso, durante os próximos três sábados (20 e 27 deste mês e 3 de setembro) eles trabalharão das 8h às 12h para agilizar o serviço. Esse trabalho extra será feito em troca do não-desconto dos dias parados.
Desde o dia 2 de junho, quando a greve começou, os servidores não trabalharam durante 54 dias úteis (incluindo hoje). Se o governo exigir a reposição integral das horas não-trabalhadas nesses 54 dias, os servidores terão de cumprir a jornada de duas horas a mais por dia por um período superior a três meses.
No caso das multas, o pagamento não deverá ser feito devido ao excessivo valor imposto pela Justiça, o que inviabilizaria seu cumprimento.
Em São Paulo, por exemplo, uma multa foi imposta ao Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social no Estado de São Paulo) no valor de R$ 10 mil por dia. Detalhe: a multa dobra a cada três dias.
Nesse caso, e considerando apenas os dias úteis, a multa estaria hoje na casa do bilhão de reais, valor que nenhum sindicato teria condições de pagar. (MC)


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